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segunda-feira, 25 de maio de 2009

Algumas observações e comentários de recentes acontecimentos no Brasil

Matando por matar

A impunidade, principalmente aos menores de idade, tem tornado a vida algo banal, nunca se matou tanto por nada neste país. E o que dizem e fazem as autoridades? E os especialistas em direitos humanos? E os tecnocratas do Judiciário? Todos estão há anos preocupados em discutir a idade penal e não existem leis que punam com rigor a estes meliantes do berço nem prisões adequadas para que por lá ficassem por todo o resto de suas vidas. Nestes dois últimos dias vidas foram tiradas por nada, uma criança é baleada de graça e uma família é dizimada por conta de assalto à mão armada com menores como participantes ativos.

Não me interessa como vai a saúde de Ministros e outros privilegiados pela vida, me preocupa o cidadão comum, gente nossa, do povo, e essa imoralidade de manter códigos e leis ultrapassadas cheias de benefícios para o bandido, e os eminentes magistrados de braços cruzados à lei, como aquele que liberou, e isso tem sido freqüente, criminosos para visitar a mamãe e estes nem tinham mãe, inclusive um perdeu a mãe quando nasceu, no parto. Pode isso? (publicado no Diário Catarinense de 24 de maio de 2009)

Impunidade Constantino

Esta sra. Desembargadora é conhecida publicamente, entre outras coisas, e também na mídia por sua velocidade em conceder benefícios a gente famosa ou importante no Brasil, e assim age a maioria dos eminentes magistrados brasileiros, inclusive o atual Presidente do STF. Tem aqueles também que adoram dar benefícios para quem não merece, por exemplo, licença para passar o dia das mães em família, quando o bandido nunca teve mãe, entre outras maravilhas. Neste caso a pergunta é a seguinte: O cara não é considerado fugitivo pela Polícia? E está com problemas seríssimos de saúde? E onde ele está então? Será que na casa da magistrada, passando uma temporada? E se fosse um João qualquer esta Sra. daria esta decisão de forma antecipada a prisão e com tanta rapidez? O cara é indiciado por dois assassinatos ou como mandante, é a mesma coisa e já está em liberdade e nem foi preso ainda? Realmente a Justiça brasileira está por demais comprometida e em todos os níveis e alçadas, isso é triste e lamentável, pior: envergonha o cidadão de bem que se sente totalmente desprotegido neste país.

Menor Infrator

Atos covardes e banais como mais este assassinato de uma criança inocente e indefesa, é que há tempos deveriam ter influenciado a decisão de punir o menor infrator como nos EUA, onde independente da idade o criminoso é tratado como tal, portanto punido como tal. Em um caso semelhante a este no mínimo, prisão perpétua. Aqui no Brasil, há anos, os eminentes juristas, especialistas, e ainda as nossas eficientíssimas e interessadas autoridades estão discutindo a idade penal, se 16 ou 18, enfim. Isso não interessa, o infrator deve ser punido com 10, 11, 12 ou qualquer idade e certamente se isso já estivesse em vigor no país, muitas destas mortes e crimes violentos praticados por menores poderiam ter sido evitados. Conclusão: são as autoridades os responsáveis.

Gostaria também de aproveitar a oportunidade para falar destas tais de organizações de direitos humanos, pura hipocrisia, que vêm sempre a público para fazer média com o excluído(?????). E as demais famílias como ficam? E se este crime fosse dentro da família destes senhores impolutos defensores dos direitos humanos? Está na hora de mais seriedade e responsabilidade de todos os envolvidos na questão e estabelecer um código penal que puna com rigor o menor com a idade que tiver quando do crime cometido.

Novas Fugas (SC)

A fuga de sete detentos em Piçarras, recentemente, colocou novamente nas ruas elementos perigosos, criminosos frios e violentos e isso tem sido freqüente em SC. Todos os dias ocorre algo semelhante em algum município do Estado. Srs Secretários de Segurança e de Justiça: Por que elementos desta periculosidade ficam detidos em delegacias? Sabe-se do caos e da situação de total abandono do sistema prisional do Estado, vagas são difíceis, vamos até considerar isso, mas, por que elementos tão perigosos estão nas delegacias enquanto ladrões de galinhas estão nos presídios e penitenciárias? Nem critério existe em suas Secretarias? Parece mesmo que nada existe, pois o que se tem visto é um total desinteresse com estes assuntos que desesperam a sociedade catarinense e nada se faz. O Governador muito preocupado por sua possível e provável cassação, corre o risco de perder a boquinha, a galinha de ovos de ouro, então nada faz, na verdade nada faz há tempos e tudo fica por isso mesmo. O que impressiona mais é que existem juízes, magistrados da mais alta estirpe que são corregedores do sistema e ??????? E eles que alegam tanto seguir as leis por que não fazem nestes casos? Em muitas situações para justificar uma decisão que não vem de encontro com o que espera a sociedade dizem "está na Lei" e apenas como fiéis seguidores o fazem sem utilizar nenhuma prerrogativa e nestes casos do sistema prisional não se lê sequer uma notícia de intervenção da Justiça. A população que reze para não ser ameaçada e violentada. Meus cumprimentos e parabéns a todos os envolvidos com as decisões a respeito. Vocês são os caras!

Envergonhado

Revendo as cenas lamentáveis que culminaram no covarde assassinato de um torcedor de futebol por um policial militar em Brasília, constato uma vez mais o despreparo da maioria dos policiais fardados e de quem os comanda, pois todos estavam com as armas de fogo nas mãos durante a ocorrência. Como se sabe, quando de uma ação de tumulto deve-se usar armas de efeito moral e de contenção, jamais de fogo. E agora, como fica? Outra vez o corporativismo vai imperar incentivando a impunidade? O PM covarde e assassino está em liberdade e em casa. As recentes decisões da Justiça têm reafirmado a impunidade e explicitado o corporativismo, vide o caso do Promotor de Justiça, que segundo o Juiz, agiu em legítima defesa matando com 12 tiros um jovem que teria mexido com sua namorada. E o PM que matou um menino de 03 anos, feriu sua mãe e foi absolvido, e outras tantas que estão no dia a dia. Que Justiça é essa que envergonha o cidadão de bem brasileiro? Impunidade e corporativismo nojentos.

Antro ou Covil?

Ricardo Martins

Antro ou covil, alguns de seus sinônimos querem dizer ambiente ou lugar, por exemplo, antro de marginais, ambiente ou lugar de marginais. É o mesmo caso de covil, cova de cobras, lugar ou ambiente de bandidos, canalhas e maus caráter. Ao escrever sobre isso me vem à cabeça, não sei porque, o Congresso Nacional e toda aquela camarilha que lá está. Muitos há anos, roubando, assaltando, espoliando, dilapidando o dinheiro e o patrimônio do povo e dando a seu povo, principalmente no Norte e Nordeste, aquilo que se tem visto diariamente na mídia: uma enorme fartura, “lá farta de tudo”, não existem escolas decentes, postos de saúde e hospitais públicos, emprego, rodovias, renda, assistência social e principalmente falta dignidade a aquela gente, lamentavelmente.

Enquanto isso, seus representantes na Câmara e no Senado andam de avião particular, chegando a pagar salários de 8.000,00 aos seus pilotos, óbvio que com dinheiro público (Deputado Geddel Vieira, pela Bahia), dividem comissões, organizam e comandam falanges criminosas que apenas os enriquecem cada vez mais, mentem, falcatruam, falseiam, comem do bom e do melhor, residem em mansões, viajam de um lado para o outro com passagens pagas por nós contribuintes, constroem castelos, formam comitivas que mais parecem excursões de luxo ao exterior, empregam parentes e amigos em seus gabinetes, importam prostitutas, garotas e garotos de programa a peso de ouro para suas festinhas particulares, traficam drogas e contrabandeiam armas e munições e matam ou mandam matar, enquanto o povo que os elegeu continua na miséria.

Esta situação do Norte e Nordeste do Brasil transcende aos tempos e vem desde a época do mais cruel coronelismo que entre outras coisas pregava e praticava a não educação do povo, a falta de esclarecimento e da informação das pessoas mantendo-as escravas através de seus benefícios e donativos próprios Era também comum a estes coronéis se tornarem padrinhos dos filhos de toda a população da cidade que dominavam e desta forma mantinham o cabresto sobre as pessoas e controlavam suas vidas, e isso ainda hoje existe em muitas cidades da região e o resultado aí está, estampado na mídia nacional: enchentes, tragédia, miséria, doença e dependencia cultural e educacional. Isso sempre interessou aos políticos da região e a seus representantes na Capital do país, que nada faziam e fazem para reverter este quadro. O mais grave é que continuam a se beneficiar dos resultados pois o povo ignorante não sabe votar e acaba mantendo-os nas tribunas.

Evidente que esta situação infelizmente não é privilegio apenas do Congresso e se estende ao judiciário e ao executivo, que da mesma forma encontram-se atrelados ao bonde da corrupção, do desinteresse público e da impunidade, e o mais grave: não existe ninguém trabalhando para que este estado de coisas se modifique ou se altere, e em minha avaliação o mais grave é que estes maus exemplos vêm em forma de cascata para os estados e municípios que acabam formando grupos de interesse tentando se eternizar no poder a fim de não perder a boquinha, e assim tentam se manter através de panelinhas e grupinhos.

E então, eleitor? Será que minha mente devaneou quando associou antro e covil aos três poderes da República no Brasil? Será que estou errado ou estou vivendo em outro país? Será que minha avaliação é ácida e estou sendo injusto? Entendo que, infelizmente, gostaria até que isso não fosse verdade, mas a cada dia isso fica mais evidente e notório. E isso é lamentável.

Sinceramente espero ver um dia todos estes canalhas na cadeia trabalhando para pagar sua alimentação e manutenção pessoal e no lugar de antro ou covil possamos reconhecer no Congresso e nos demais poderes da República ambientes limpos, éticos e efetivamente representativos do povo brasileiro para que finalmente tenhamos orgulho de nossa representatividade política, em Brasília, nos estados e municípios.

Comércio = Transportes = Desenvolvimento

Como ter um comércio forte sem transportes coletivos?

Ricardo Martins

Uma série de situações propõe o desenvolvimento de uma cidade e por conseqüência sua atividade econômica. Entre eles, um dos mais importantes, seria a miscigenação social e profissional, expressão que uso para classificar e identificar as ações de mistura de experiências entre quem já está e quem chega, sem isso é praticamente impossível crescer ou se desenvolver.

Existem ainda em muitas regiões, em pleno século XXI, cidades que ainda resistem a isso que se caracteriza na figura do medo da concorrência entre profissionais e investidores. O que é lamentável, antigo e sem propósito, além do que reflete diretamente e de forma negativa no desempenho econômico daquela região. Sem o intercambio e a integração entre quem está e quem chega o resultado é a estagnação. Ao invés de andar pra frente desenvolvendo todos os setores produtivos da economia, estes acabam reagindo lentamente e isso é muito ruim para todos, ainda que muitos não o queiram admitir.

Dentre os setores que mais sofrem está o comércio que necessita de estímulos básicos para que seu desempenho seja positivo e não se transforme em um cemitério de empresas que fecham suas portas antes mesmo de começar efetivamente suas atividades.

Dentre estes estímulos ao Comércio está o meio de transporte das pessoas, da população compradora, que necessita dos serviços coletivos de transporte para se locomover, ir às compras ou resolver questões de interesse familiar no centro da cidade. Enfim, imaginar uma cidade sem este serviço em pleno ano de 2009, na era da globalização, é no mínimo preocupante e surpreendente. Como isso é possível? Como ninguém se interessa em resolver esta situação retrógrada e desestimulante para o investidor, para o consumidor e para o contribuinte?

Tijucas está a 40 km da capital do Estado e na linha litorânea de acesso a todas as regiões do Estado. Todos exaltam sua localização privilegiada e estratégica e no entanto não possui um sistema mínimo de transporte coletivo adequado às necessidades de sua população, trazendo assim conseqüências nefastas ao seu desenvolvimento e ao comércio local. E o pior: não se ouve ninguém se manifestando a respeito, nenhuma entidade ou instituição ou mesmo a Prefeitura Municipal se pronuncia sobre o assunto. Será esta ótica errada? O transporte coletivo adequado não seria tão importante assim? Como crescer e se desenvolver, então? Como estimular o investimento se não existe consumo?

É certo que Tijucas têm em sua população um bojo mais popular, mas são cerca de 7500 famílias que necessitam consumir e deveriam faze-lo por aqui, em sua cidade. Nem todas desfrutam de transporte próprio e ainda a maioria das pessoas trabalha fora, o que deve ser observado quando se pensar em horários de deslocamento e de funcionamento do próprio comércio.

Sinceramente o que penso é que já passou da hora de algumas resistências ignorantes, negativas e retrógradas sucumbirem ao desenvolvimento, deixando de lado interesses pessoais e políticos que apenas demonstram insegurança e egoísmo ao invés de interação e integração, que através de critérios sólidos, principalmente éticos e de respeito ao próximo, pode conduzir esta cidade para um patamar de desenvolvimento sustentável e seguro com qualidade de vida para todos que nela vivem. Comércio, transporte coletivo e desenvolvimento andam de mãos dadas e um não acontece sem o outro.