Contador de Visitas

Seguidores

sábado, 28 de dezembro de 2013

Fim de Ano... Novo Ano!
Natal e outros!!!
Ricardo Martins

Reitero aqui o que sempre disse: O Natal é a fábula mais bonita, real, terna e luminosa que já vivi, li e reli, contudo sempre condenei, e com o passar dos tempos, cada vez mais, a comercialização absurda desta data e de outras, significativas também; dias das mães, semana das crianças, e diversas...outras tantas. O que lamento na real é que a ternura, a ingenuidade, a pureza e a beleza dos sentimentos envolvidos nestas datas tenham perdido para o poder absoluto da comercialização, das vendas, status social, dinheiro e por que não dizer para o poder, pois, o poder econômico é dos mais massacrantes, seletivos, separatistas e discriminatórios que existe.

O Natal era marcado pela cartinha a Papai Noel, o sapatinho na janela, o brilho nos olhos das crianças que de tudo faziam para ver o “Bom Velhinho”, enfim, a reunião em família, de verdade e sincera, sempre em harmonia e paz.

Com a denominada “era da comunicação” e o advento do desenvolvimento tecnológico, globalização competitiva e feroz, a disputa acirrada entre homens e mulheres, notadamente no campo profissional, o fim do feminismo e a busca por direitos iguais (com os quais concordo), além do boom da classe média, com acesso ao alto consumo e posição mais privilegiada social e as gerações de filhos sem os pais dentro de casa, tudo mudou e para pior, a meu ver, pois também com o aparecimento do cheque pré datado e as “promoções” programadas em calendários festivos e comemorativos, pelo setor econômico e produtivo, o tempo passou há engolir o tempo, tudo ficou mais “interesseiro” e as datas ganharam o cunho apenas do vendedor, do comprador, além do produtor, que enche, há anos o mercado de “ótimas e modernas” ofertas de produtos que vão do popularíssimo ao sofisticado, contudo todos com grandes e definitivas características de pura tecnologia e até algum perigo.

E a tudo isso ao longo dos tempos, o ser vivente chama de “civilização e progresso”, modernidade, desenvolvimento, enfim, tudo bem, nada contra o conforto, direito de todos, mas sem exageros e preservando a vida, sempre.

Hoje, e nos últimos anos, as pessoas não se olham mais nos olhos, vizinhos de lado, de divisa, nem se conhecem, amigos? Apenas virtuais, alguns, ou de trabalho, desde que envolva interesse e oportunidades, para ambos. Raro é compartilhar, reconhecer, retribuir e conviver, muito raro, lamentavelmente, e isso é real.

Infelizmente prevalece a hipocrisia, o falso moralismo, a falsidade e a falta de caráter, exemplo disso? Fácil! Quantos estão milionários graças à fé do povo mais humilde, falando em nome de Jesus e Deus, de forma suja e sem nenhum pudor nem escrúpulos? E os políticos e gestores públicos cada vez mais desinteressados, corruptos e ou corrompidos permeando e disseminando a podridão e a sujeira no setor público em geral, ah! e o empresário? Que maquia preços, modifica embalagens, falsifica pesos e medidas, enfim e aumenta preços todos dos dias, sem a menor justificativa.

Ah! Já ia me esquecendo de grande parte da imprensa tendenciosa, vendida e pervertida pelo dinheiro de seus investidores e outros interesses escusos e ilícitos.

Hoje é algo raríssimo uma amizade sincera e o respeito entre um e outro, é triste, muito triste isso. Via de regra as pessoas se acham melhor que o outro, como se status lhe conferisse este poder, julgam e criticam o próximo com desfaçatez e cara de pau!

Confesso que preferia mais os meus tempos de menino, e nem faz tanto tempo, onde tudo era mais leve, a gente nem percebia o tempo passar, as festas eram festas, a datas e comemorações efetivamente valiam a pena, era tudo mais limitado, contudo, mais feliz, lúdico e feliz, com certeza.


Sabe um abraço, ah um abraço tinha o sentir e o calor de um abraço de verdade, um beijo era mesmo sincero, e um aperto de mão valia e muito, ah! E Papai Noel existia.