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domingo, 22 de maio de 2011


“Trabalho Escravo”
Ricardo Martins
Não é de hoje que esta prática nojenta e fora de qualquer propósito é imposta a trabalhadores pouco esclarecidos, ignorantes e analfabetos ou a pessoas simples que necessitam e se dispõem a trabalhar a qualquer custo.
O que ocorre ainda nos dias de hoje contra estes trabalhadores é crime cruel e bárbaro.

Normalmente são homens recrutados em suas cidades natal, no Norte e Nordeste, interior de Minas Gerais e outros recantos longínquos e desprovidos de melhor sorte pelo Brasil afora e trazidos para os canteiros de obra, via de regra, a partir de grandes vantagens, propostas mirabolantes e salários atrativos e na real são colocados em verdadeiras pocilgas, sem conforto e dignidade alguma. Isso ocorre nas grandes cidades e capitais de todo o país, frequentemente, diria até cotidianamente. E isso não acontece apenas em empreendimentos privados, em inúmeros canteiros de obras públicas também existe o trabalho escravo e isso é flagrante crime contra a pessoa.

O mais grave é que como no Brasil “não existe crime”, o que há é delito, para magistrados desinteressados e aos olhos das leis mal aplicadas por estes, os contratantes não tem a devida, justa, rigorosa e merecida punição e continuam a praticar esta atrocidade com trabalhadores humildes, crédulos e interessados em trabalhar.

De vez em quando temos conhecimento de alguma ação da fiscalização do Ministério do Trabalho onde são descobertos acampamentos degradantes e indignos abrigando estes operários, normalmente em situação precaríssima, ocorre algum barulho, porém logo isso é esquecido, ninguém é punido e fica por isso mesmo.

Havendo interesse real em punir alguém basta procurar nos canteiros de obras nos centros das grandes cidades brasileiras. Isso não ocorre e a IMPUNIDADE que permeia o Brasil se estende também a esta questão desagradável e criminosa que é tratada sem nenhum interesse pelas autoridades constituídas, que ao fechar os olhos as incentivam perigosamente.

Em todos os aspectos a situação que permanece é lamentável e certamente desonra e envergonha o cidadão de caráter deste país, que é dependente, vítima e refém deste sistema irracional, deprimente e injusto e das pessoas que o controlam e administram sob a ótica apenas de seu interesse pessoal ou de tirar vantagens deste.

Verdadeiramente deplorável!