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terça-feira, 8 de abril de 2008

Será que eu “esperava” demais?

Tudo que eu queria e acreditava como cidadão brasileiro e não como adepto ou partidário, era que o ex–metalúrgico, revolucionário, de fala dura e enfática, inteligente e tratável, habilidoso, líder natural e competente político ao se tornar Presidente da República trabalhasse e implantasse tudo aquilo que defendeu e lutou por cerca de 25 (vinte e cinco) anos nas mais variadas tribunas e palanques da vida. Que fosse independente e competente, principalmente em unir as forças políticas em benefício do povo brasileiro e suas enormes necessidades e dificuldades. Que combatesse a desigualdade social e financeira, remunerando a produção e o trabalho com renda digna e conseqüente. Que montasse uma equipe de técnicos e gestores profissionais a fim de atacar os grandes problemas internos nacionais com eficiência e eficácia. Que elevasse a nível internacional o nome do Brasil e sua representatividade e não o seu próprio nome, despido de vaidades e interesses pessoais.

Que por estas suas ações e atitudes, motivo de seus discursos enquanto sindicalista postulante ao poder, o brasileiro resgatasse o orgulho e os valores patrióticos tão minimizados ao longo dos últimos tempos. Que o cidadão voltasse a andar de cabeça erguida e ao falar sobre o seu país o fizesse com prazer e satisfação.

Que o Presidente do Povo, o ex–metalúrgico combatente e batalhador, banisse a corrupção, a conivência, o comprometimento letal com o crime organizado e implantasse a punição exemplar a todos aqueles merecedores da força e do poder da lei, principalmente os do “colarinho branco”. Que ao exigir a revisão dos Códigos de Justiça resgatasse sua representatividade e novamente propusesse a igualdade de direitos a todos de forma que TODOS os benefícios, penas e sistemas prisionais fossem aplicados de forma coerente, indiscriminada, adequada e justa.

Que exigisse do Congresso Nacional interesse, seriedade, critérios e presteza ao formular as leis exemplificando com atitudes sérias e dignas aos congressistas em geral, e desta forma contribuir para o resgate seguro e concreto da democracia e suas instituições.

E finalizando, que este Líder Popular, de origem humilde e extraído do seio do povo, estimulasse com seus atos positivos o nascimento de outras lideranças que dessem continuidade a seus passos.

Será que eu queria muito? E a maioria dos brasileiros não pensava assim? Era utópico e impossível? Não! Era perfeitamente possível, bastava para isso NÃO MUDAR e “Ele” mudou, preferiu rasgar a carteirinha de 25 anos de luta para tornar-se “emergente”, morar em um palácio com cerca de 38/40 serviçais, investir em sua mulher de forma a que esta viesse a se tornar uma “boneca de figuração” e não uma primeira dama com atribuições pelo menos com fins sociais, compor suas negociatas e conchavos com cerca de 40 ministérios e afins e finalmente, olhar-se ao espelho e ver diante de si um IMPERADOR.

O ex–Lula deu lugar a um “novo Lula” que nada tem a ver com aquele original, bravo e lutador, de outros tempos. Este que aí está é uma pálida lembrança daquele outro que o povo conduziu à Presidência da República depositando toda a sua confiança, esperanças, ansiedades e necessidades. Aquele que tinha tudo para marcar seu nome como o mais respeitado e respeitável Presidente da República do Brasil. Que decepção!