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sábado, 20 de novembro de 2010

Politicamente Correto! Hipocrisia e exagero!
Ricardo Martins

Politicamente correto! O que é isso? A meu ver, mais um rótulo do marketing, neste caso para definir ou “classificar” alguém que é ou se posiciona de forma exageradamente cuidadosa, com o que o circunda e com quem está a sua volta.

O metrossexual dos dias de hoje? O almofadinha de ontem? Um semelhante? Pode ser, porém é conceitualmente, mais que isso, vai além do cara que se arruma ou que cuida da aparência e da vaidade pessoal, trata-se de uma pessoa exageradamente cuidadosa no empregar palavras ou adjetivos sobre alguém, algo ou alguma coisa, o que não ”ofende” jamais, educadíssimo, enfim, na real e no meu ponto de vista, algo radical, exagerado e demasiado.

A partir de estabelecido cotidianamente este conceito de “politicamente correto” passou a ser indispensável cuidar com uma piada, um comentário, uma observação, um apelido carinhoso, pois isso pode significar uma agressão, assédio e ou pressão sobre algo, alguém ou alguma coisa. Um patrulhamento, a meu ver, hipócrita, inconcebível e demasiado.

O melhor exemplo? Sou de um tempo que admirar a beleza de uma mulher, sua silhueta, suas formas, seu corpo enfim, era considerado uma homenagem, um reconhecimento à Vênus e à beleza feminina. Hoje basta um olhar mais demorado e pode ser considerado assédio sexual! Talvez por isso tanta gente esteja só e infeliz e ocorra com tanta freqüência um predomínio de desequilíbrio emocional! Quem gosta disso é o Psicanalista!


Na cidade do Rio de Janeiro, onde o povo é caracterizado como o mais afetivo e  carinhoso do Brasil, é comum o uso de expressões tipo: “Neguinho”, “negão” (um dos apelidos de Pelé), “bichinha”, “rapaz alegre”, entre outros,  hoje esse tratamento carinhoso é confundido com “racismo” ou homofobia. Um exagero!

Há que existir respeito ao outro? Óbvio! Reconhecimento das preferências religiosas, sexuais, políticas e outras? Certamente que sim! Entender que todos são iguais, perante a VIDA, independente da cor da pele, origem, classe social, status financeiro ou qualquer outra diferença sob qualquer circunstancia e situação? Evidente que sim!

Agora o que se tem visto, assistido e constatado no dia a dia e nos últimos tempos, é pura hipocrisia radical, notadamente por parte de instituições e ou entidades que evidenciam e estimulam negativamente estas “diferenças e ou preferências” quando deveriam defendê-las, e de pessoas infelizes e predispostas ao exagero e a favor da polemica gratuita e vazia.

Ações deste tipo acabam por incentivar excessivos procedimentos policiais que por sua vez levam a numerosos e dispensáveis processos judiciais que em prioritária análise apenas prejudicam a já burocratizada e congestionada justiça brasileira, completamente desmoralizada e desconsiderada pela opinião pública, por sua excessiva lentidão e decisões estapafúrdias.

Há que se punir a ofensa real, concreta e definitivamente contundente e discriminatória, nada mais, fora isso eu considero absurdo, perda de tempo e exagero, qualquer atitude a partir de uma situação corriqueira e superficial. Respeito sim! Extrapolar, não!

Em uma analogia talvez não muito “próxima”, porém semelhante nos quesitos hipocrisia, vazio ou superficial, é o que penso também sobre o tal de “Direitos Humanos”, neste caso algo direcionado aos interesses de poucos privilegiados, grupos corporativos ou identificados pela Casta Social, mas sobre isso falarei em outro artigo.