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terça-feira, 21 de julho de 2009

Caráter... Carência Planetária!

Caráter... Carência Planetária!


Que foi feito do Caráter? Se fosse um produto qualquer poderia se dizer: mercadoria de luxo, rara. Já, se falássemos em Zoologia poderíamos expressar: “espécie em extinção”. Mas ao falarmos do Caráter como “expressão de valor”, que é o que significa basicamente, também teremos dificuldade de identificá-lo, localizá-lo ou encontrá-lo, talvez raramente, nos mais antigos ou naqueles jovens que conviveram com bons exemplos e referências positivas em sua educação e não se deixaram contaminar. No mais, a crise de caráter é gravíssima e sua conseqüência tem se mostrado desastrosa.

Como obter produtos, serviços, ações, enfim, situações positivas se quem as pratica, elabora ou desenvolve não tem em sua essência de formação nenhuma dose de caráter? Difícil, não? O que é Caráter? Muitas pessoas não saberão responder, com certeza, não ouviram falar. Em tempos já remotos, 30/40/50 anos atrás, era freqüente empregar esta terminologia: fulano é um homem de caráter, íntegro, honesto, um homem de palavra, ou beltrano é um “cara” justo, equilibrado, sério e responsável, tem caráter. Hoje, infelizmente, é quase impossível usar este tipo de expressão ou encontrá-la em alguém.

Dizem os especialistas (hoje existem para tudo) que o Brasil já “nasceu” corrupto, é o país do jeitinho, tudo se consegue com “algum”. Pode ser, mas o empresário sem caráter que muda a embalagem, peso e nome do produto para alterar seu preço é “gente“ de hoje. Político corrupto sempre existiu, um ou outro, agora quase todos ou a grande maioria resultam dos tempos recentes. A degradação familiar e a educação escolar, desinteressada e descomprometida com os bons exemplos e com os valores morais, também são “sinal dos tempos”. A tal da educação natural então nem se fala, um absurdo!

A proliferação de religiões e do falar em nome de DEUS de forma irresponsável e muitas vezes cretina também é produto do agora. Justiça injusta, vendida, corporativa, desigual e comprometida, idem, e assim vai. Que tempos, não?

Evidentemente estamos falando das últimas quatro décadas, onde a competição entre homens e mulheres se acentuou a ponto de desequilibrar tudo: a família, a relação com os filhos, a mulher moderna esqueceu de ser mãe para se tornar uma profissional do mercado de trabalho, (as próprias feministas reconheceram os exageros), os lares ruíram, em sua maioria, e o resultado aí está: um monte de gente infeliz, doente ou sem qualidade, ambiente favorável para o oportunista do mal. Conseqüência? Drogas, epidemias mortais, despreparo e proliferação do crime entre jovens e outras.
Foram as décadas do ter em detrimento do ser, da aparência e do possuir.

O status, o poder, o dinheiro fácil, a vulgaridade foram a isca e o ser humano se degradou por falta de estrutura alicerçada em uma base sólida onde os elementos primordiais deveriam ser a ética, o respeito, a consideração ao outro, a educação nas relações, a união familiar, a consciência do coletivo, enfim. E sobre o que foi construído o homem de hoje? Interesse pessoal, ganância, egoísmo, individualidade, prepotência, entre outros, e o que poderia dar? Obviamente no que temos visto através destes tempos: falta de gente de verdade, de grandes e corretos líderes, de gente de bem, decente, honesta e de caráter.

Evidentemente e felizmente existem exceções grandiosas, nem todos embarcaram com tudo nesta viagem sem volta por um vasto, traiçoeiro e perigosíssimo oceano, onde estão se afogando, morrendo aos poucos, pois para vencê-lo e resgatar suas vidas são indispensáveis a recuperação dos valores morais e o resgate da estrutura de formação, a ressurreição do SER.

Pessoalmente acredito muito ainda no ser humano e tenho a mais absoluta certeza que no futuro esse resgate vai acontecer e as novas gerações trarão certamente novos tempos de verdade onde a VIDA será rainha absoluta e seus desejos e ordens é que estimularão a felicidade e o bem viver, com harmonia e compreensão entre os povos e os homens de bem e o CARÁTER voltará a ser produto popular de ótima qualidade e encontrado com fartura por todo o Planeta. Espero ainda estar por aqui e poder ver isso e mais: compartilhar disto.

Ainda bem! Revigorado e Renovado!

Outra vez a folha vazia teima em me defrontar, como que questionando, “vais ou não escrever sobre algo”? E por minutos continuo a olhar para ela, a página, vazia ainda e não consigo digitar nada, nem uma palavra me vem à mente, nada me ocorre, não consigo concatenar um assunto, uma idéia, um pensamento, por que será? Estarei eu também vazio? Certamente que não, talvez contaminado, momentaneamente, pelo vírus da decepção e da descrença, ora bolas, sou humano, também sinto e sofro com tudo isso, principalmente com a injustiça e com a postura desleal de alguns, na realidade de muitos. Todavia quero crer que este lapso criativo deva ser essencialmente, reflexo dos acontecimentos dos últimos tempos, da falta de boas notícias e do massacrante e repetitivo noticiário onde o corrupto e a corrupção são manchetes permanentes e advir do fato de constatar que o ser humano deixou de ser para ter, optou por possuir insanamente e a qualquer custo, de quase acreditar que o crime compensa, e muito, e que as drogas e seu comércio criminoso continuam a banalizar a vida. Enfim, que lamentavelmente tudo isso acontece, diuturnamente, nos últimos anos por conta apenas da impunidade, do mau exemplo, da falta de novas e decentes lideranças, de compreensão e compartilhamento, da integração efetiva entre as pessoas, da falta de ética e do respeito mútuo, nas relações em geral, na verdade, por faltar gente de verdade, gente que prioritariamente valoriza o outro, o coletivo e se integra e entrega inteiramente a prática do bem.
Na verdade, às vezes me falta oxigênio e necessito recarregar as baterias para continuar seguindo o que acredito e principalmente o que sonho para mim e para todos.
A propósito na última quarta-feira a convite do amigo Léo Nunes, depois de alguma resistência, estava contaminado mesmo, compareci a palestra do jornalista Luis Carlos Prates, profissional da comunicação, dos mais competentes, estudioso do comportamento humano e de quem tive o prazer de ser colega de trabalho, enquanto na RBS e Diário Catarinense, em tempos idos. E que oportunidade, realmente uma sábia decisão em aceitar o convite a mim oferecido.
O Ledão estava superlotado e a platéia, assim como eu, ávida pelo início dos trabalhos e eis que surge o Prates e começa a desfilar suas convicções, suas idéias e especialmente suas observações e conhecimentos advindos de seus estudos amplos a respeito da vida, das pessoas e de seu comportamento.
É possível que alguns possam dizer: repetitivo, tudo bem, estes temas propõem isso, mas a forma de dizer, de colocar e antes de tudo de acreditar no que se está dizendo e afirmando, é que faz a diferença e, mais, o praticar, sua aplicação, a crença efetiva, é quem determina o diferencial e os resultados. E nesta “praia” o Prates é mestre, sabe tudo e muito mais. Quem tem a oportunidade de ouvi-lo certamente consegue respirar fundo e novamente, com força, fé, determinação e crença em si mesmo voltar a preencher a folha que teimava em ficar em branco, vazia a sua frente. Valeu! Caro Léo.

ASSOMBROSO!


“A Casa das Leis”, “O Solarium da Liberdade”, “O Reduto da Democracia”, “O Conselho de Sábios”, “A Casta Política” e outros adjetivos e expressões, ao longo dos tempos, foram usados para identificar o Senado da República, e o Congresso Nacional, como um todo, nos países republicanos, mas nos tempos atuais o mais adequado seria: A Casa da Corrupção, Antro de Quadrilheiros, Covil de Bandidos, Conselho dos Maus Caráteres, Reunião de Canalhas, enfim, e por aí a fora, isso dentro do que ainda é publicável. Isso é lamentável, triste, vergonhoso e assombroso.

Por que se rouba tanto? Por que tantas pessoas de baixo nível e nenhuma formação pessoal se aglutinam em torno destas importantes instituições? Por que não se interrompe isso e regata-se a decência e a moralidade pública? A meu ver, por conta da falta de interesse político, público e pessoal, dos políticos que lá estão e que por lá chegam e principalmente por conta da IMPUNIDADE, os maus exemplos vem de cima e de todos os lados e não é de agora, deste momento, vem através dos tempos. Infelizmente a corrupção e o tirar vantagem a qualquer preço é uma característica do povo brasileiro, mal educado, omisso e convenientemente comportado, evidente em minha opinião, e isso se agrava por conta do chamado progresso e da modernidade, do desenvolvimento social e pessoal, considerando no Brasil e no Mundo, da classe média. Isso, em minha avaliação, propôs uma intensa e desenfreada competição entre as pessoas levando-as ao egoísmo, a individualidade e a conquista de poder, do status e dinheiro a qualquer preço e desta forma o desvio de caráter se fez mais presente somados a impunidade e a sensação exagerada de liberdade. Aparecem às oportunidades e faz-se o ladrão e o criminoso e, convenhamos dilapidar o patrimônio e roubar o dinheiro público é algo mais fácil, rápido e com resultados mais positivos e volumosos. Não existe nenhum tipo de controle e os que existem estão também comprometidos.

É importante deixar bem claro que isso acontece, sendo prática comum, em todos os níveis, municipal, estadual e federal e infelizmente nos chamados três poderes da República, evidentemente o foco agora é o Senado e de repente a Câmara Federal, porém, lamentavelmente, em qrande número dos quase 6000 municípios brasileiros isso é a ordem do dia e o cotidiano com que convive o cidadão de bem deste país.

Por onde passa a solução? Pelo eleitor, pelo voto consciente, por uma nova lei eleitoral, séria e comprometida com o bem. Passa pela punição exemplar destes bandidos, mesmo sendo necessária à construção de centenas de presídios, e outras unidades prisionais. Passa também, pela criação de uma nova Constituição Federal incluindo a prisão perpétua com trabalhos forçados, enfim passa pelo povo brasileiro que deve deixar de ser acomodado e cordato para reagir e agir contra este estado de coisas, de forma organizada, dentro da lei, porém de forma enfática e determinada.