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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011


Tá tudo errado... Como consertar?
Ricardo Martins
Dez  minutos de sessão é o tempo suficiente para que deputados federais aprovem lei que reajusta seus próprios salários em mais de 100% ou qualquer outro benefício em causa própria, e para aprovar um reajuste de um mísero salário mínimo levam dias debatendo nos Plenários do Congresso Nacional.

Como é possível entender isso, pergunta o cidadão brasileiro, aquele, entre muitos, que ainda na hora de votar para escolher seus representantes, vende seu voto por qualquer merreca.  Complicado!

Tudo começa por aí mesmo, penso eu, na falta de preparo do eleitor brasileiro para exercer seu direito de voto e na seqüência, por conta da “Lei Eleitoral” todas beneficiando os candidatos que postulam cargos eletivos nas câmaras municipais e assembléias estaduais ou no legislativo federal, isso sem considerar os cargos “executivos” que também são eleitos pelo Povo. Estes pontos, a meu ver, fazem a diferença.

A LEI ELEITORAL como um todo é direcionada para a formação de blocos ou grupos onde certamente vai imperar a corrupção e privilegiar ou estimular as decisões de interesse pessoal do político envolvido ou de seu partido. Isso é regra geral e prática comum.

No Brasil podem votar todos aqueles que completarem 16 anos até a véspera da eleição e os semi-analfabetos, para não dizer que a Lei permite que o analfabeto vote. Votam presidiários e outros cidadãos totalmente desinformados, carentes e estimulados por promessas mirabolantes.

Em alguns estados do país, notadamente no Norte, interior de Minas Gerais e no Nordeste, até defunto vota.

Como seletivar o voto, acabando com esta bagunça? Simples! Desobrigando o comparecimento do eleitor para votar. Vai votar apenas quem quer votar! Portanto a Lei compromete o processo, estimulando a maracutáia.

Esta Lei exige reformas, adequações, modernização e atualizações urgentes. E quem vai realizá-las? Os parlamentares atuais? Jamais! Então esqueça, pois tudo vai continuar como dantes. “Os caras” não vão votar em mudanças para acabar com suas vantagens, prerrogativas e possibilidades de negociatas, acordos sujos e conchavos. Não vão trabalhar ou se voltar para os interesses do cidadão. Isso é utópico!

O Brasil só vai mudar quando aparecer na real, uma liderança efetiva, positiva, competente, digna e ética para assumir prá valer este país e com um bloco de decretos e uma caneta nas mãos, administrar os primeiros seis meses num ano, botando ordem na Casa e depois devolvendo ao regime as instituições democráticas totalmente revisadas e saneadas. Instituições estas que hoje estão sujas, podres e deterioradas, de um modo geral, sejam públicas ou privadas (este nome é bom!).

Diante disso, deste quadro, é praticamente impossível  realizar algo digno, limpo e correto, além do necessário em direção às carências, anseios, direitos e desejos do Povo ou de qualquer cidadão.

Para finalizar, pequenos exemplos: No Congresso Nacional “trabalham” milhares de pessoas, imagine as folhas salariais e complementares, considerando os recebimentos totais dos 594 parlamentares, sendo que cada um destes recebem algo em torno de R$ 120/150 mil. (fora as comissões, os chamados “por fora”).

Agora leve este número para quase 6.000 municípios + 27 estados e tente imaginar o exército de funcionários públicos e as respectivas folhas de pagamento. Será necessário tudo isso? E o pior, quantos trabalham, efetivamente, com carga horária completa?
Como consertar isso? Difícil! É lamentável!