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quarta-feira, 13 de julho de 2011

De quem é a culpa?
Ricardo Martins
As pessoas perguntam: Por que o Brasil vive em permanente estado de corrupção? A classe política realmente é venal, está contaminada?

Certamente este é um dos principais motivos. O ser atuante na política, no serviço e na atividade pública em geral, em sua massacrante maioria é corrupto, vende-se por qualquer valor, aceita propina, negocia a alma de sua progenitora e isso com certeza ocorre em todos os níveis hierárquicos dentro dos chamados 03 poderes da República.
Agora com a mesma certeza, este não é o único motivo para que este estado corrupto e corruptível esteja estabelecido no país. Podemos acrescentar, com convicção, a postura e a atitude de grande parte da sociedade brasileira estabelecida e organizada, aqueles que gostam de levar vantagem em tudo e “mamar na teta”.

E, além disso, o sistema eleitoral que permite concessões e práticas nocivas ao bem estar do cidadão e do país, dentre elas as coligações políticas, que por sua vez levam aos acordos, conchavos e negociações de interesses de grupos políticos unidos pelos resultados nas eleições. Juntam-se para se eleger, com a cobertura da Lei e depois instalam gabinetes e equipes gestoras das mais heterogêneas e incompetentes exclusivamente para atender aos fins de seus objetivos e interesses próprios.

Todas estas vertentes unidas levam à gravíssima IMPUNIDADE, pois não existe interesse em mudar nada, o Povo que se lixe, se vire e viva como puder diante de toda esta sacanagem e insegurança pública, pessoal, profissional e constitucional.

O Brasil vive o caos interno por conta da corrupção e do roubo afrontoso ao erário público, e do desinteresse dos governos e das autoridades constituídas. Todas? Certamente, pois “eles” estabelecem as leis, os parâmetros e os mecanismos legislativos para se proteger e para que “possam tudo”, inclusive estar amparados por objetos legais como a imunidade e os privilégios de seus cargos a fim de manter longe de si o rigor, a severidade e a dignidade da Lei.

Não tenho dúvidas do que afirmo, este conjunto de situações, conivências e proximidades determinam este estado de impunidade, de caos social, de ineficiência do serviço público municipal, estadual e federal, de leviandade e de mau caratismo, é uma doença que apodrece e contamina de forma ampla e hoje certamente já está impregnada em todos os organismos da sociedade e das atividades públicas e privadas deste país, e também no cerne do Povo, em todas as camadas sociais. 

Por tudo isso é difícil alguma mudança, as resistências são enormes e poderosas. Ninguém quer perder a “boquinha”!

Esta é a realidade! Como mudar? Através de um movimento firme e radical da banda boa da sociedade brasileira, do povo, dos eleitores, enfim de todos os chamados “do Bem” efetivamente indignados, e aí, a meu ver, entra um componente importantíssimo: a opinião pública, a chamada Grande Mídia, os editores limpos, éticos e dignos da profissão, profissionais de imprensa íntegros que podem fazer a diferença se rebelando contra o sistema estabelecido e tornando-se independentes em suas pautas.
Assim e só assim, sob meu ponto de vista, vai se mudar algo ou alguma coisa, resgatando o Brasil e seu povo!