Tijucas... Hora de
Opção Urgente!
Ricardo Martins
Quando me recordo que Tijucas já completou mais de 150
anos e, com toda a sinceridade, quando caminho por suas ruas e avenidas,
observando com cuidado, de forma imparcial e sem a paixão exacerbada do
bairrismo, lamento o que vejo. Uma cidade que ainda não possui uma identidade,
um objetivo, um rumo! E o mais intrigante é que nenhuma cidade da região e quem
sabe do Estado tem localização mais privilegiada e potencial de área disponível
para investimentos, quer seja público ou privado.
Tijucas têm que optar e é urgente! Seu povo, seu eleitor, o cidadão
tijuquense nas próximas eleições, tem que dizer nas urnas que quer mudanças, enfim,
libertar-se de um “coronelismo feudal do 3º Milênio.
É de fundamental importância que Tijucas venha a definir seu destino,
como uma cidade a se modernizar, a evoluir, em todos os níveis e setores, tecnologicamente,
industrialmente e comercialmente, ou no futuro se tornar uma “simpática e
bonita cidade dormitório”. O que a meu ver seria lamentável em todos os
sentidos.
Itajaí e Brusque são exemplos de cidades catarinenses com mais de 150
anos em pleno desenvolvimento, já podendo inclusive dizer que são
“cosmopolitas”, ou seja, estão abertas a todos. E Tijucas??
Observem bem! Ruas calçadas, reformas em algumas escolas, pequenas obras
aqui e ali, tratamento de água, estádios de futebol, obras realizadas sob o
interesse político e até inacabadas e vários equívocos (concha acústica, entre
outras), o que mais foi realizado, o que foi feito e implementado, na cidade?
Quais os setores que efetivamente se desenvolveram nos últimos anos? A
Indústria? Quantas indústrias instalaram-se, mudaram-se prá Tijucas nos últimos
08 anos?
O Comércio, por exemplo,
historicamente se mantém como um verdadeiro “cemitério de boas idéias e
negócios”. Quantas redes de Supermercados existem??
Existiu algum desenvolvimento tecnológico efetivo?
E o Turismo, além de pintar bancos e plantar flores, o que realmente foi
feito em direção a conquistar este público, este mercado, proporcionando lazer
ao cidadão e seus familiares, o que foi feito? E existem projetos engavetados
como o da “Avenida Contemplativa”, entre outros, inúmeros. E praças e
logradouros públicos destinados ao lazer das famílias? Quantos? Onde?
E a saúde, a educação, saneamento básico? Ah! E Segurança Pública?
Tijucas necessita de uma Guarda Municipal há tempos, a fim de cuidar do
transito, das escolas e do policiamento nos bairros. E ao vagabundo, o
andarilho, o pedinte, que a cada dia aumentam nas ruas? Alguma política efetiva
nesta direção?
Sem nenhuma conotação político partidária, de forma isenta, pergunto:
O que a atual administração prometeu, realizou, cumpriu?
Pouco se fez em direção à modernidade, por exemplo, estamos em pleno ano
de 2012, século21, 3º milênio e Tijucas têm inúmeras ruas sem calçadas por onde
as pessoas teriam que transitar e não podem, andam pelo meio da rua,
principalmente em dias de chuva, existem centenas de terrenos completamente
abertos, baldios, abandonados e sem nenhum tipo de cuidado, a cidade é
infectada por mosquitos e assemelhados, tem esgoto a céu aberto. O transito
urbano é mal dirigido, mal distribuído e mal controlado, falta sinalização,
fiscalização e orientação ao motorista e, além disso, inexistem os serviços de
transporte coletivos, circulares, bairro a bairro e outros. Como falar em
progressividade?
O que foi feito após as enchentes graves sofridas neste período? NADA! A
Ponte Bulcão Viana está ainda do mesmo jeito, foram realizados apenas pequenos
reparos, enfim. E as obras da Avenida Bayer Filho?
Na real muita maquiagem e pouca ação, efetiva ação, na realidade, o que
se mantém, na cidade de Tijucas, de forma direta ou indireta, ainda são
pequenos grupos que não permitem seu incremento, crescimento e progresso, os chamados
“Feudos” dos novos tempos, políticos e frutos do poder financeiro, e do
interesse de grupos ou partidos políticos, aqueles que adoram “mamar na têta”, basta,
por exemplo, notar as diretorias de entidades e instituições locais, a Imprensa
amordaçada e fruto de “panelinhas sujas” e o pior, fruto de “limitadíssimas competências”.
Isso sem considerar o desempenho do judiciário, do legislativo, enfim, trabalho
verdadeiro, efetivo, concreto, em favor do cidadão, muito pouco ou quase nada.
Bem! Isso é o que penso, vejo, sinto e acompanho há cerca de quase 09
anos na região, profissionalmente e como cidadão, de forma isenta e imparcial,
e com a coragem e desapego de sempre pra dizer o que penso. A mim não interessa
partido nem fundamento político, e sim a qualidade da gente, sua capacidade,
competência, formação e nível de interesse coletivo pra governar esta cidade e
desses quero estar junto, contribuindo modestamente para a cidade que me
acolheu.
É uma modesta, sincera e objetiva visão a respeito de Tijucas e a
grandiosa decisão a tomar:
Vamos continuar a andar como cágados, a passos de tartaruga e o pior,
para trás, ou vamos optar por crescer, moralizar, incrementar, construir,
progredir, evoluir e ir à busca do eficaz desenvolvimento, amplo e total?
A bola está com o eleitor, com o cidadão de Tijucas, com o povo
tijuquense! Boa sorte a todos e meus respeitos!