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segunda-feira, 16 de abril de 2012


EU VI! Um privilégio!
Ricardo Martins
Uma geração privilegiada, na realidade uma geração abençoada, eu vi o Santos de Pelé jogar e muitas vezes. Eu vi: Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe, fantásticos, mágicos, fascinantes mesmo. Foram 100 jogos em que este maravilhoso ataque esteve junto ganhando tudo e encantando a todos pelo Brasil, Américas e pelo Mundo. E nesta semana do Centenário do Santos FC minhas homenagens e a possibilidade muito legal de rever aquele time. Este realmente dos sonhos!

Vi outros grandes times de futebol, brasileiros e internacionais, na realidade todos os grandes atletas, clubes e times desde 1959 até os dias de hoje, dentre eles os excelentes craques do meu querido Fluminense: Maurinho, Telê, Valdo, Paulinho e Escurinho, ou outro ataque: Gil, Paulo César Caju, Manfrini, Rivelino e Mário Sérgio, depois Gil, Pintinho, Doval, Rivelino e Zé Roberto, estes compuseram a Maquina Tricolor, em 75/76, teve também Wilton (Cafuringa), Cláudio, Flávio Samarone e Lula, devo destacar também, o ataque Tri Campeão de 83, 84, 85, Romerito, Delei, Washington, Assis e Tato, estes entre outros tantos times e ataques fabulosos. O mais importante? Eu vi, estava lá!

O privilégio das gerações de 50 e 60 na verdade é muito maior que isso, nós vimos o Mundo mudar, revoluções culturais, de hábitos e costumes, desenvolvimento incrível da indústria, medicina, tecnologia em geral, enfim apenas a lamentar a falta de cuidados com o Planeta, com a Natureza, e a degradação do Ser Humano. Uma pena!

Nós vimos tudo acontecer!

Qualidade pura! Na música nem se fala: Elvis Presley, The Beatles, Rolling Stones, Elton John, Michael Jackson, e tantos outros ícones internacionais, Whitney Houston e as grandes Divas da música americana, excepcionais músicos, dentre eles BB King e sua guitarra “Lucille”, Eric Clapton, Miles Davis e a turma do Jazz, no Brasil a Jovem Guarda, a Bossa Nova e a Tropicália, movimentos que lançaram inúmeros artistas de 1ª grandeza, Tony e Celi Campello, Ed Lincoln. Lafayette e seu conjunto, Roberto Carlos, que fez com Erasmo Carlos uma parceria no nível de Lennon e McCartney, Tim Maia, Renato e Seus Blue Caps, Os Incríveis, Raul Seixas, Tom Zé, Caetano Veloso, Gil, Bethania e Gal, Os Cariocas, Wilson Simonal, Tom Jobim e Vinicius de Moraes. Toquinho e seu violão mágico, Jair Rodrigues, Elis Regina, Nara Leão, Elizeth Cardoso, Roberto Menescal, Carlinhos Lyra, Paulo e Marcos Valle, Baden Powell, Francis Hime, Edu Lobo, Geraldo Vandré, João do Vale, Chico Buarque, e tantos outros: Djavan, Zé Ramalho, Belchior, Fagner, Nando Cordel. Gonzaguinha, Ivan Lins, dentre inúmeros, centenas de craques, todos merecedores de notas 8, 9 e 10. Difícil citar nomes, foram e ainda são, pois são imortais, tantos, infelizmente nestes últimos vinte anos, seria mais fácil para eu citar e destacar alguém, pois são pouquíssimos e raros os artistas desta categoria, pior, quase nada nem ninguém a destacar.

Os anos 50, 60 e 70 foram realmente os anos de Ouro do Planeta. E eu vivi isso, este tempo dourado, onde o brilho era de plena e intensa qualidade, inclusive no que diz respeito às pessoas, mais puras, românticas, amigas, felizes.

Também nestas décadas, principalmente, a Medicina e a Tecnologia em geral evoluíram e muito! Aprimorou-se, aperfeiçoou-se, implantaram-se novas técnicas, principalmente cirúrgicas e de tratamento de risco e alto risco, a ciência evoluiu  muito, propiciando resultados fantásticos e êxitos incentivadores e marcantes. Infelizmente também sua má utilização e direcionamento aconteceram de forma a prejudicar muito a sociedade em geral, mas valeu, certamente valeu.

Foram décadas de transformação, de mudanças de hábitos e costumes, era bem mais romântico e sensível namorar no escurinho do cinema, na porta do colégio, nos “bailinhos” do clube, sem compromisso, apenas uns “amassos” gostosos, beijinhos e mais beijinhos. Ah! Gatinhas e mais gatinhas lindas.
Viver livremente pelas ruas a brincar sem limites ou perigo maior, jogar futebol, soltar pipa, jogar bola de gude e pião, brincar de pique esconde, de médico e enfermeira com a prima bonitinha, enfim uma vida maravilhosa e com grandes e importantes acontecimentos a sua volta.

No Rio de Janeiro, centro cultural do Brasil, era assim que acontecia. Entretanto existia a Zona Norte e a Zona Sul com seus pontos fortes e nem tanto, vantagens em alguns momentos e situações ao contrário, em outros, nós da Zona Norte carecíamos de mais informações, enfim de qualquer forma foram momentos mágicos, uma infância e adolescência saudável, da melhor qualidade. Boa influencia, enfim apenas se carecia de melhor informação. Nossa! Se fosse como hoje, a Internet, hum! Ninguém, literalmente segurava nossa geração.

Enfim, de qualquer forma foi muito bacana, sensacional mesmo, inesquecível, e o mais legal de tudo??

EU VI! Eu estava lá... Sou um privilegiado!