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sábado, 19 de fevereiro de 2011


Hipocrisia! A pior das máscaras!
Ricardo Martins

Todos nós somos resultado de nossa formação, familiar e educacional, e também “produto do meio”. Não tem como correr ou não admitir isso!

O povo brasileiro historicamente foi “formado”, na real, colonizado, por povos que por aqui não tinham outros interesses que não fosse roubar ou retirar riquezas e transferir para seus próprios bolsos ou para as “Coroas” portuguesa e espanhola, inicialmente, depois a francesa e holandesa. Estas últimas até que vieram por aqui com outros intuitos e lamentavelmente foram expulsas, pois tivessem permanecido por mais tempo, teríamos 
outro tipo de formação de caráter e personalidade de nosso Povo.

Estes fatos, nos primórdios da colonização, somados à falta de investimento e interesse de vários governos pela educação e a formação cultural da população, provocou neste extenso e maravilhoso país um desequilíbrio enorme entre regiões e dentre seus habitantes, isto é notório no Norte e Nordeste, no interior de Minas Gerias, muito por influencia dos chamados “Coronéis”, políticos que detinham o poder e o usavam implacavelmente contra inimigos e contra os pobres, que apadrinhavam, mas mantinham como verdadeiros escravos,  e onde também o peso da Igreja Católica e seu interesse dominador e anacrônico contribuíram por demais com esta situação.

 No decorrer dos últimos anos, pós Getulio Vargas e Juscelino Kubitscheck, o país enfrentou um regime militar dos mais cruéis e que em nada acrescentou ao seu desenvolvimento, no aspecto da educação e formação cultural e moral. Foi um período longo que no somar trouxe inúmeros e grandiosos prejuízos ao povo brasileiro e aos pais institucionalmente.

De novo diante da “democracia”, o país evoluiu certamente, porém ainda, a meu ver, longe, muito longe de resolver suas reais carências, preponderantemente nas áreas da educação, emprego e renda, saúde, transportes, agricultura e segurança pública, ou seja, as necessidades básicas.

 A classe política, por sua vez, se revelou altamente corrupta, corrompida e venal e o ambiente político apodrecido, em geral, por todos os cantos do país, propiciou a formação de inúmeras quadrilhas das mais variadas vertentes, com os mais diversos propósitos, mas um só objetivo: roubar o Povo brasileiro de todas as maneiras possíveis! Lamentavelmente isso se estendeu por todos os poderes da república e grande parte da chamada sociedade organizada e o reflexo é o Brasil que temos aí, infelizmente abandonado, socialmente falando.

Só não vê quem não quer ver, quem está comprometido corporativamente com a hipocrisia e com o interesse próprio, e são muitos, a grande maioria dos segmentos e setores da coletividade.

Óbvio que é necessário investir na educação e formação da criança e do jovem, porém é óbvio também que os menores infratores contumazes e irrecuperáveis devem pagar o preço de seus crimes com qualquer idade e com o máximo rigor.

É óbvio que a justiça e a decisão de um magistrado devem preservar o direito das pessoas, as de bem, não do marginal, porém diante desta legislação que aí está e do desinteresse dos magnânimos juízes, ocorre o contrário, quem se beneficia é o infrator, o bandido, o marginal, o poderoso, o rico, enfim. Então, enquanto não existir interesse, nem do legislativo, do judiciário, nem tão pouco do executivo, em reverter este quadro, que o magistrado aja com o bom senso, protegendo efetivamente a população que é vítima e está completamente desprotegida e refém do crime.

Evidente que nesta linha poderia citar centenas de maus exemplos que necessitam de urgente reforma e adequação, mas não é o caso, para quem escrevo isso fica bem claro, não entende nem entenderá aquele que se trasveste com a máscara da hipocrisia.

Falta educação, formação cultural à grande parte da população? Óbvio que sim! Contudo a falta de caráter, dignidade, decência, personalidade, humanidade, bom senso, compostura e interesse coletivo fazem, com toda a certeza, muito mais falta neste momento.

É hora de se deixar de ditar cátedra e discutir o sexo dos anjos, e sim agir com determinação, exigindo proteção às pessoas, aos cidadãos e a coletividade bem geral.