A Imprensa no Brasil!
Há
tempos venho querendo voltar a falar sobre este tema, sobre esta instituição,
este setor importantíssimo da comunicação, que ainda abriga a meu ver, grandes
dinossauros da palavra, a opinião, da observação critica e do comentário,
grandes nomes com certa qualidade e competência, jovens e veteranos, nas varias
áreas de cobertura do setor, mesmo considerando as perdas precoces, por
aposentadoria, desemprego ou morte.
São
eles jornalistas especializados, cronistas, articulistas, repórteres,
apresentadores, entrevistadores, locutores e comentaristas, diretores de
redação, editores, chefes de reportagem, enfim e outros que compõem a
atividade, uns muito bons, outros nem tanto, como em todas as atividades
profissionais. Sempre foi assim, contudo nos últimos anos, a exemplo, da
sociedade constituída, em geral, percebe-se certa falta de atenção, cuidados,
bom senso, equilíbrio, postura e atitude adequadas, e o pior, falta de caráter,
de formação e de berço em muitos integrantes e profissionais que atuam na área.
Mas,
o pior na minha modesta opinião, é a falta de profissionalismo, certo e
acentuado amadorismo, despreparo, enfim que fica evidente em cada intervenção,
matéria, reportagem, programas jornalísticos, noticiários e assemelhados, isso
desde o repórter até ao formador de opinião. O repórter não sabe perguntar,
assim como o entrevistador, as perguntas são as mesmas, repetidas, vazias, se
prende a banalidades, tipo “baba ovo do entrevistado”, ou perguntas cretinas
como: “A sra está muito triste, sente saudades...”, diante de uma viúva, por
exemplo, enfim... e por ai vai...
Observe no Brasil tudo é exagerado,
principalmente as coberturas de eventos em geral, até em enterro a cobertura é
massacrante. As perguntas imbecis, inúteis, banais.
Acontece um fato relevante, importante, e a
cobertura ocorre de forma se estender por dias, querem saber e mostrar tudo,
não consideram a privacidade dos envolvidos. Repito exageros. E por via de
consequência os comentários vem no mesmo nível.
Além disso, existem "coleguinhas" de
Imprensa, notadamente no setor esportivo, no futebol, melhor dito, que em nada
valorizam o melhor, são “clubistas” e metidos a politicamente corretos,
bairristas, vivem fazendo média, com os holofotes, o poder e a opinião
estrangeira, são, via de regra, egocêntricos, consideram-se “artistas”,
estrelas e celebridades, assim o profissionalismo abra espaço para o um ego
egoísta, pretensioso, contrario a qualidade no trabalho pretendido e proposto.
Hora de crescer...
Será
que um editor chefe ou diretor de programa, ou de redação não observa isso? Pra
que servem as reuniões de trabalho, e de pauta? Não existe aprimoramento em
seminários visando corrigir e ou melhorar? Ou já sabem tudo?
Enquanto
isso, profissionais de qualidade, sérios, independentes, com opinião formada,
concreta e coerente, estão sem trabalho, são aqueles que não se dobram ao
medíocre, e a má qualidade, ao faturamento, ao dinheiro do investidor, enfim
são efetivamente profissionais, enfim desempregados. Uma pena!
Entendo
ser hora de crescer, repito evoluir, abrir espaço apenas para o bom desempenho
e a dignidade profissional, hora de rever conceitos interesseiros, pequenos,
rasteiros e diminutos.
Hora
de refletir, isentamente, toda a classe e todos os envolvidos visando algo
maior e de acordo com o que propõe a profissão!
A
informação de qualidade, ética e segura, com embasamento digno e adequado,
desobrigação e imparcialidade.
Ricardo
Martins
Radialista,
profissional de imprensa – Independente e não subserviente.