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sábado, 14 de junho de 2014

A Imprensa no Brasil!

Há tempos venho querendo voltar a falar sobre este tema, sobre esta instituição, este setor importantíssimo da comunicação, que ainda abriga a meu ver, grandes dinossauros da palavra, a opinião, da observação critica e do comentário, grandes nomes com certa qualidade e competência, jovens e veteranos, nas varias áreas de cobertura do setor, mesmo considerando as perdas precoces, por aposentadoria, desemprego ou morte.

São eles jornalistas especializados, cronistas, articulistas, repórteres, apresentadores, entrevistadores, locutores e comentaristas, diretores de redação, editores, chefes de reportagem, enfim e outros que compõem a atividade, uns muito bons, outros nem tanto, como em todas as atividades profissionais. Sempre foi assim, contudo nos últimos anos, a exemplo, da sociedade constituída, em geral, percebe-se certa falta de atenção, cuidados, bom senso, equilíbrio, postura e atitude adequadas, e o pior, falta de caráter, de formação e de berço em muitos integrantes e profissionais que atuam na área.

Mas, o pior na minha modesta opinião, é a falta de profissionalismo, certo e acentuado amadorismo, despreparo, enfim que fica evidente em cada intervenção, matéria, reportagem, programas jornalísticos, noticiários e assemelhados, isso desde o repórter até ao formador de opinião. O repórter não sabe perguntar, assim como o entrevistador, as perguntas são as mesmas, repetidas, vazias, se prende a banalidades, tipo “baba ovo do entrevistado”, ou perguntas cretinas como: “A sra está muito triste, sente saudades...”, diante de uma viúva, por exemplo, enfim... e por ai vai...

No passado, além de uma boa voz, era indispensável ao repórter, ao jornalista enfim, saber falar, escrever, estar preparado para a entrevista, hoje nem boa voz mais é necessário.

Observe no Brasil tudo é exagerado, principalmente as coberturas de eventos em geral, até em enterro a cobertura é massacrante. As perguntas imbecis, inúteis, banais.

Acontece um fato relevante, importante, e a cobertura ocorre de forma se estender por dias, querem saber e mostrar tudo, não consideram a privacidade dos envolvidos. Repito exageros. E por via de consequência os comentários vem no mesmo nível.

Além disso, existem "coleguinhas" de Imprensa, notadamente no setor esportivo, no futebol, melhor dito, que em nada valorizam o melhor, são “clubistas” e metidos a politicamente corretos, bairristas, vivem fazendo média, com os holofotes, o poder e a opinião estrangeira, são, via de regra, egocêntricos, consideram-se “artistas”, estrelas e celebridades, assim o profissionalismo abra espaço para o um ego egoísta, pretensioso, contrario a qualidade no trabalho pretendido e proposto. Hora de crescer...

Será que um editor chefe ou diretor de programa, ou de redação não observa isso? Pra que servem as reuniões de trabalho, e de pauta? Não existe aprimoramento em seminários visando corrigir e ou melhorar? Ou já sabem tudo?

Enquanto isso, profissionais de qualidade, sérios, independentes, com opinião formada, concreta e coerente, estão sem trabalho, são aqueles que não se dobram ao medíocre, e a má qualidade, ao faturamento, ao dinheiro do investidor, enfim são efetivamente profissionais, enfim desempregados. Uma pena!

Entendo ser hora de crescer, repito evoluir, abrir espaço apenas para o bom desempenho e a dignidade profissional, hora de rever conceitos interesseiros, pequenos, rasteiros e diminutos.
Hora de refletir, isentamente, toda a classe e todos os envolvidos visando algo maior e de acordo com o que propõe a profissão!

A informação de qualidade, ética e segura, com embasamento digno e adequado, desobrigação e imparcialidade.


Ricardo Martins
Radialista, profissional de imprensa – Independente e não subserviente.