
O Amor é tudo! Com
certeza!
Ricardo
Martins
Como viver sem amor? Impossível, com certeza! Não
apenas o amor físico, sexo, cama, enfim, apesar de que, a meu ver tudo que
mexe, remexe, faz brotar e desabrochar a emoção é vital, portanto sexo é tudo
com amor de verdade!
Entretanto refiro-me ao amor aconchego, carinho,
afago, o amor reconhecimento, amor estímulo, incentivo, apoio, amor que propõe
troca, o olhar no outro e olhar o outro, o tocar, sentir, perceber,
compartilhar enfim, estar junto sem deixar de ser você ou “assumir” a vida do
outro, interferir na vida do outro. Ser você com o outro!
Amar é conviver, partilhar, interagir, se
preocupar, estar atento, cuidar, dar e receber. É observar, ouvir, dizer,
todavia sem impor nem podar, embotar, impedir, restringir o outro, fazer valer o
ser livre, o ir e vir, o decidir de cada um, é ser “dois”, mas sem deixar de
ser cada um indivíduo, com seus direitos a suas originalidades e
características próprias, identidades e necessidades pessoais.
Privacidade e liberdade são tão importantes a meu
ver quanto as afinidades, desejos, vontades e sonhos em comum.
Penso que isso inúmeras vezes é associado aos
ciúmes doentios das pessoas ou provocado por pequenas irritações e rancores que
vão se somando, pois são alimentados erroneamente, e é isso que na maioria das
vezes acaba por dilacerar, romper, arrebentar completamente um encontro de
almas gêmeas que acaba se tornando um peso, um desgaste, e finalmente promove
um rompimento de sentimentos e afastamento definitivo entre o casal e os
amantes, os outrora enamorados. Também isso pode levar, em alguns casos e
situações, a algo muito pior, agressões e um desenlace cruel e criminoso,
lamentavelmente.
Respeito entre as pessoas que se amam e vivem juntos
não tem apenas a ver, sob minha ótica, com possíveis traições ou com o homem ao
olhar para o lindo corpo da mulher que passa, admirando seu atraente bumbum ou
que acessa um Site de mulheres nuas e lindas, e o mesmo quando ocorre com a mulher
em relação aos homens, achá-los lindos, gostosos e comentar entre amigas ou
tê-los em seu pensamento, por exemplo, o tempo todo.
Entendo que invadir a privacidade do outro,
desrespeitar seu momento de introspecção ou querer de forma doentia invadir
seus pensamentos, é tão grave como uma “traição” de cama ou ainda pior.
A busca por alguém no aspecto da cama apenas do ponto
de vista do apelo sexual e da beleza do outro gênero, ou hoje em dia o que é igualmente
comum, do mesmo gênero, o querer ou necessitar variar, enfim pode sim ser
provocada e estimulada por longos momentos de desamor, insensibilidade e
desinteresse de um pelo outro cônjuge (palavra que não suporto, assim como
esposo (a), marital e outras).
E as pessoas não se atentam a isso.
Nem todo o
homem ou mulher que “pula a cerca” como se diz popularmente, procura por sexo
com outra pessoa é canalha, pulha, pilantra ou vulgar.
Pode ser sim, um ir à busca de algo que não tem
mais, algo que deixou de ser importante entre o casal ou a partir do
desinteresse de uma das partes deste, de repente sentiu-se abandonado, largado,
“desamado” e tem recebido sistematicamente apenas frieza e indiferença e ai vai
à busca do sexo por sexo, e o pior, pode gostar.
Isso é real e concreto, não é nenhuma
justificativa e sim algo efetivamente concreto, não admitir isso sim é pura
hipocrisia é querer imputar ou impor a sua forma de ver e sentir as coisas,
infligir a sua “cartilha”, o seu ponto de vista ao outro, sem nada admitir a
partir de si próprio, o que além de triste é lamentável de parte de alguém que
se diz adulto, maduro, esclarecido e tudo o mais.

Agora, aquele homem ou mulher que se dizem
apaixonados pelo outro, tem vida boa, farta, confortável e gostosa em casa ou
na cama e vai pra rua para fornicar ou ter um caso, formar e manter outra
família ou algo semelhante, este sim, é sem vergonha, sem caráter, um ou uma
pessoa vulgar e indigna.
Isso deixa bem claro que uma coisa é uma coisa e
outra coisa é outra coisa.
Na verdade ninguém consegue viver sem amor,
pode-se até viver sozinho, mas depois de encontrar um amor ou o seu amor, fica
impossível viver sozinho, evidente que é superável ao tempo, mas complicado e
dolorido.
O perigo é que muitas vezes os envolvidos ou um
deles não consegue admitir sua doentia obsessão, ou sua indiferença, frieza e
desinteresse, o que caracteriza uma forma de “maus tratos” sim, e daí ocorre
como dito acima: a “tampa da panela ou da laranja”, tão lindas, perfeitas e
prezadas antes, acabam sendo jogadas literalmente fora e as almas gêmeas passam
a ser antagônicas e se separam definitivamente, o que no mínimo é uma pena.
Isso tudo a meu ver justifica a afirmação de que:
- Quem já amou um dia, não vive mais sem amor ou
sem aquele amor!
O importante, a meu ver sentir, é refletir...sempre...e não perder tempo, pois a Vida urge e segue em frente..sem olhar para trás!
