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quarta-feira, 14 de novembro de 2012



Despreparo... Desinteresse ou Conivencia?
Ricardo Martins

Esta é a pergunta que não quer calar! Com relação à Gestão Pública no Brasil e o possível envolvimento das diversas “autoridades”, de todos os níveis, dentre os 03 Poderes da República com o crime organizado.
Até onde isso é despreparo, desinteresse ou conivencia?

Bem! A meu ver tem muito de tudo isso e mais ainda, não necessariamente nesta ordem, o “comprometimento” com a criminalidade em geral vem de há muito, é comentada publicamente, notadamente pelo cidadão de bem, quem mais sofre com suas consequencias e paga a conta, portanto nenhuma novidade e que por extensão temos visto nestes anos todos, principalmente na última década, o crime proliferar por todo o Brasil de todas as formas possíveis, desde os sofisticados aos mais banais e brutais. Os crimes do colarinho branco, onde políticos e outros que deveriam servir decentemente a Pátria promovem verdadeiros assaltos e roubos aos cofres públicos formando verdadeiras quadrilhas para praticar o ilícito contra o país, passando pelo tráfico de drogas, contrabando de armas, formação de milícias, sequestros, assaltos a mão armada, latrocínios, homicídios e todo o tipo de agressão à pessoa, ao indivíduo, às famílias, enfim. E o pior: IMPUNEMENTE, com total privilégio e benefício ao bandido, são leis comprometidas e ou mal aplicadas, segundo interesses financeiros e outros, deixando as famílias das vítimas, amigos e parentes completamente expostos a falta de respostas decentes da Lei.

Se considerarmos o aspecto social e de formação cultural, falta de tudo ao país e à sua população: educação, saúde e segurança pública, oportunidades igualitárias, emprego, justiça, transportes, meios de transporte, estradas, ferrovias, vias marítimas, enfim falta tudo, o investimento é inadequado e deficiente, além de ineficiente, assim como falta Gestão destes setores fundamentais para a base de uma Nação séria e responsável.

Sob a ótica da segurança pública e da Justiça a coisa piora, abundantemente e gravemente, pois não existe nada direcionado a combater eficazmente isso. Nada foi feito nos últimos anos de forma a coibir o crime e punir o criminoso, pelo contrário, se não, vejamos:

A Polícia é mal paga e despreparada para sua atividade, falta efetivo suficiente para atender a demanda, o equipamento de trabalho utilizado e o direcionamento das verbas disponibilizadas para estes fins são inadequados e mal gerenciadas, as leis são mal aplicadas ou não suficientemente claras nem objetivas em relação a sua aplicabilidade, sempre tem um “se”, “portanto”, “aplica-se aí”, “faz-se saber” ou algo semelhante. Os legisladores por sua vez, nem os eminentes juristas tem o interesse em adequá-las ou modificá-las, vide a atual ”reforma do código penal”, apenas “prá inglês ver”, onde itens importantes estão convenientemente de fora e sem uma legislação na medida das necessidades atuais: os menores infratores, os usuários de drogas, agressão à mulher, os inúmeros e desnecessários benefícios ao bandido, tipo: visita íntima, indulto de Natal, dia dos Pais, dias das mães e outras liberações desprezíveis, todas dentre outras com as necessidades reais e urgentes de adequação. Agregue-se a isso o desinteresse ou as "vistas grossas" da magistratura, em sua grande maioria, onde aquele dito popular se evidencia: “A Polícia prende e a justiça solta”.

As unidades prisionais são completamente “imorais” sob o ponto de vista humanitário, carentes de tudo, em número insuficiente, são pessimamente administradas e o pior, não existe nenhum investimento em novas, decentes e modernas unidades. O que esperar, então? A criminalidade tomar conta das ruas, como está acontecendo no Brasil inteiro inclusive em Santa Catarina, reflexo puro de tudo isso, do desleixo, desinteresse, do envolvimento maligno do agente público e das chamadas autoridades. Apenas isso!

Estes são, dentre outros motivos consequentes destes, as reais causas do que temos vivido e presenciado “por que” as organizações criminosas e a bandidagem proliferam no Brasil, por todos os seus recantos e setores da sociedade civil, privada e pública.

Apenas pelo desinteresse, despreparo e lamentavelmente pela conivencia de grande parte, da maioria, dos gestores públicos e autoridades, em todos os níveis deste país.