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sábado, 9 de maio de 2015


Quando eu converso comigo!
Reflexão!
Ricardo Martins

Bem, antes de qualquer outra coisa considero importante esclarecer é que, desde que eu me entendo por gente, felizmente, eu converso e muito comigo, e falo sobre todos os assuntos, preocupações, situações e confesso, gosto muito disso! 

Eu era, quando jovem, meio tímido, introspectivo, enfim considerava que as minhas coisas eram minhas, depois fui amadurecendo, contudo sempre exercitando este privilégio, a meu ver, de conversar comigo, em todos os lugares aonde eu me sentia mais protegido e com total privacidade: no banheiro, ao banho, antes de dormir, mais tarde ao volante do carro, dirigindo, enfim e isso se dá até hoje, numa boa! 

Adquiri grande intimidade comigo!

Nesta época as pessoas em casa achavam que eu era meio “gira”, meio maluco, mas eu sempre conversei comigo a fim de entender melhor as coisas, detalhar, avaliar e analisar bem  cada acontecimento, considerando as circunstâncias,  e assim digerir melhor cada caso, cada fato, cada momento.

Penso que naquela época eu sentia que isso era mais simples, mais leve, com toda a certeza, mas conversar comigo sempre foi muito proveitoso pra mim, para organizar melhor as ideias, refletir, acho que daí surgiu minha característica de planejar, projetar, empreender, algo que considero indispensável para o sucesso individual de cada um e de qualquer empreendimento. E mesmo assim, como meu principal interlocutor, cometi falhas comigo mesmo, seguramente por eu não considerar a velocidade do Tempo nem respeitá-la, e deu no que deu, tenho que trabalhar e muito ainda.

Ao conversar comigo, desenvolvi também uma maneira bem pessoal e íntima de conversar com DEUS, de agradecer e mesmo reclamar muito, quando achava isso pertinente, enfim.
Outra coisa que veio daí foi minha vontade e meu gosto por escrever. Evidente, eu “viajava” literalmente, em sonhos, histórias, desejos e vontades, criava cenários imaginários, discutia comigo mesmo, argumentava, ponderava, e de certa forma eu explicitava o que sentia, e isso me ajudou com minha extroversão, obtive maior liberdade comigo mesmo e a me sentir mais a vontade com as pessoas. 

Obviamente e a par disso, tive, ao longo da vida, confiáveis e especiais amigos (as) com quem conversava sobre tudo, há algum tempo atrás isso era menos complicado, talvez as pessoas, a amizade e a convivência fossem melhores em consistência e mais saudáveis, mais sinceras e próximas de verdade!

Entretanto jamais deixei de conversar comigo, acho que fiz de mim meu maior e melhor confidente... E isso me ajudou e ajuda muito ainda hoje e com certeza será assim sempre.

Sabem, a partir disso, concluí que apenas intimamente, em nossa mente, em nossa total privacidade é que somos realmente livres, deixamos o pensamento ir, voar, projetar, desejar, enfim e isso é bom, mais que isso, indispensável a cada Ser, a cada indivíduo, assim dizia Chaplin e tantos outros pensadores e sábios ao longo dos tempos.

No entanto, estou me perguntando por que estou a falar disso, assim publicamente, talvez por conta da maturidade, do envelhecer, que propõe revisões, talvez aos 6.0 dirigir outro olhar para tudo, para todos e todas as coisas, as reflexões são mais frequentes e são outras as aspirações, anseios, e também definitivamente, as pessoas tem curiosidade sobre isso, as mais próximas perguntam: O que e sobre o que você conversa tanto com você? 

Porém, eu penso que isso foi e tem sido um algo mais em mim, ao concluir que não sou alguém igual a ninguém, não sou genérico nem alguém que se generalize, desculpem, mas sou o que sou, errando, acertando, com qualidades e defeitos aos olhos dos outros. Na real, eu sou Eu, singular e um privilegiado por viver estas últimas Décadas de Ouro e também de grandes decepções, mas de enorme e admirável esclarecimento e informação, de ter conhecido tanta gente boa, simples, com alma de gente, sinceras e humanas, assim como conhecer o outro lado, o inverso, gente de má índole, sem caráter e que não mereciam nem passar perto desta Vida. 

Sou grato à Vida por ter me oferecido e permitido tantos caminhos e a escrever histórias, a 04, 06, 08, 10 ou centenas de mãos, compartilhado com o outro, proporcionado, recebendo, dividindo, contribuindo de alguma forma com o próximo, aprendendo a cada dia, o que e o que não se deve fazer,  ser decente, respeitar para ser respeitado, ser gentil, atencioso, educado, um cavalheiro e o melhor que acho de mim, ser sempre o mesmo em qualquer circunstancia, não misturar as coisas. 

Ah! E dar às pessoas o que merecem, seja todo rigor e severidade ou muito carinho, de acordo com as circunstancias.

Por isso que resolvi falar disso e satisfazer a curiosidade alheia. Concluindo,  quando falo e converso comigo, e faço isso sempre, falo de amor, de paz, positividade, reflito a Vida, falo com DEUS, essencialmente desejo o melhor para todos!

“O melhor amigo é que te abraça sem ter motivo algum, e diz conte comigo, sempre estarei contigo em todos os momentos, e tenha certeza absoluta DEUS e você mesmo são seus melhores amigos!”