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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011


“Pericia Médica INSS”
Ricardo Martins

Ainda dias destes uma mulher enfurecida quebrou literalmente a agencia do INSS do município de Palhoça em SC. Depois de contida, ao ser perguntado o motivo de tanta fúria, ela respondeu:
“Eles, os peritos, nem olham na nossa cara quando aqui chegamos, somos tratados friamente, como “coisas”, de repente os tais peritos nem especialistas são, mas retiraram meu benefício há 05 meses e não recebo salário de lugar algum”, disse com tranqüilidade à beneficiária que perdeu a cabeça e quebrou tudo.

Nada justifica em regra geral, sua atitude, mas há mais de 05 (cinco) meses sem receber de lado algum, com falta de gêneros alimentícios em casa para alimentar a família, acumulando dívidas e passando vexame de ser cobrada, em sua porta, a pessoa perde mesmo a cabeça, acrescente a isso o péssimo e desinteressado atendimento por conta dos “peritos”, que ocorre exatamente como ela descreveu uma desconsideração e desrespeito ao contribuinte. E o pior é que você entra nas repartições públicas e se depara com um artigo de lei exposto, que diz: proibido molestar o funcionário público, o servidor. E o contribuinte? este pode ser molestado, mal tratado, achincalhado, tratado com desdém, enfim, e isso? Não é uma forma de agressão?

Infelizmente tudo o que está exposto acima é real e ocorre diariamente em todas as agencias do INSS do Brasil, a ordem é suspender os auxílios doença, já ouvi isso dentro de uma agencia e direto de funcionários graduados. Ordem de cima, dizem! Dos graúdos!
Os chamados peritos, que na sua grande maioria são apenas clínicos gerais, que atendem a pacientes com problemas ortopédicos, de coração e psiquiátricos, têm ordem para desconsiderar os laudos técnicos trazidos pelo contribuinte e fornecidos por especialistas e não conceder o benefício ou sua renovação. Isso é fato público. Tem gente com doenças gravíssimas sem receber nada e estão afastadas do emprego, sem direito ao auxílio doença.
Existe picaretagem, gente que se aproveita de uma dorzinha de cabeça para pedir auxílio, claro que sim, então, que se combata, sistematicamente, estas situações, de forma direta, e não extrapolar na decisão de não conceder o benefício, via de regra, a quem precisa.

DÚVIDO! Mudo meu nome se algum destes “experientes e detalhistas peritos” negaria conceder o benefício para algum parente, familiar ou amigo próximo. Duvido!

O grande problema do INSS é o mesmo do Brasil como um todo, no que diz respeito à administração pública: MÁ GESTÃO! Além do desinteresse pela causa do outro, do efetivamente necessitado e carente do atendimento ou do serviço.

Na real o quadro existente é vergonhoso e deprimente, pessoas com vários problemas de saúde, afastadas do trabalho, sem receber o beneficio, pior, sem receber nada há meses.
Existem fraudes? Certamente que sim, então combata a fraude com rigor, já que é freqüente os escândalos que envolvem o INSS em relação a desvio de recursos, agora deixar de atender a quem realmente precisa e não disponibilizar uma equipe especializada e interessada é tão criminoso quanto o destempero de qualquer um.

O serviço público no Brasil, em todos os níveis, desde o atendente mais simples até o mais importante gestor, carece é de VERGONHA NA CARA, e de bom caráter!

Reforma Moral é a prioridade!
Ricardo Martins

Há muitos anos o Brasil necessita de Reformas Institucionais e pontuais indispensáveis ao seu bom e justo desenvolvimento, porém antes de qualquer outra ação nessa direção há que se realizar uma “Reforma Moral”, reformar o caráter, o conceito ético e imprimir um real e digno interesse coletivo em toda a classe política, principalmente nos legisladores responsáveis pela aplicação e adequação destes ajustes que devem ser realizados com profundidade, de forma ampla e nos mínimos detalhes, pois são várias questões fundamentais para o futuro do país e de seu Povo.

Dentre as inúmeras reformas, prioritáriamente entendo que a do Judiciário seja a mais premente, pois além de rotinas e sistemas deve-se alterar e adequar as Leis Penais em geral, incluindo mais rigor e eliminando privilégios, imunidades, benefícios e até recursos e instancias. Outro aspecto a ser revisto, a meu ver, é o Sistema Penal, incluindo, neste momento, a Prisão Perpétua para os crimes cruéis e hediondos, para os criminosos contumazes e crimes cometidos contra o erário e patrimônio público.

Já no caso da reforma política considero que é algo muito sério para ficar apenas nas mãos dos políticos, as demais instituições nacionais, sérias e responsáveis, deveriam, junto com a sociedade interessada, participar ativamente desta reforma que a meu ver passa pela desobrigação do voto, pela extinção da eleição proporcional e desta “bizarra” normativa para suplentes no Senado, do financiamento público de campanha, da qualificação do candidato de acordo com o cargo postulado, pela ficha limpa, pelo fim de coligações, rever o número de parlamentares e seus ”ganhos”, honorários e outros, desde o município até a esfera federal, enfim, e outras situações hoje inadequadas a eleições decentes.

Outras reformas, como a Tributária, talvez dentro desta readequar a posição intocável dos Bancos e instituições financeiras, e outras tanto o quanto significativas como a que denomino do “Sistema Prisional” que merece tratamento individualizado, se possível for, dentro da Reforma do Judiciário.

Enfim, o Brasil há muitos anos poderia ter realizado estas adequações apenas a partir de um plano de prioridades, planejamento e gestão, evidentemente suportado por vontade de fazer, de realizar, pois o que tem acontecido freqüentemente é o “empurrar com a barriga”, o “deixar prá depois”, ou o “isso pode esperar”.

Por tudo isso é de vital importância o engajamento de todos os cidadãos interessados no bem estar do país e de seus irmãos brasileiros. Participando ativamente destes movimentos ou, no mínimo, cobrando soluções  justas a respeito.