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domingo, 28 de agosto de 2011


QUEM MANDA NO BRASIL?

Pergunta difícil de responder

 Ricardo Martins

Freqüentemente me é perguntado e normalmente por pessoas de vida social e formação cultural mais simples, as pessoas mais humildes são as mais  ávidas por uma boa resposta!

Afinal quem manda no Brasil? É o Presidente da República? Não é “ele” a máxima autoridade? Como responder? Pergunto-me e termino dizendo: deveria ser, mas não é! Decepção estampada no rosto de meu interlocutor, que atônito, insiste, então quem é? Tento explicar que apesar de um regime de governo presidencialista não é propriamente o Presidente quem manda no Brasil e sim um sistema democrático composto por 03 poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário. O Executivo é comandado pelo Presidente da República e têm a missão e a responsabilidade de administrar o país, a nível federal, deveria cuidar basicamente da infra-estrutura, economia, segurança, educação, trabalho e saúde, propondo leis, projetos, regras e programas de investimentos para que o país cresça ou se mantenha de forma ideal para todos. Ao Legislativo cabe apreciar as leis e projetos enviados pelo Executivo e também propor e deliberar sobre leis criadas e emanadas dentro do próprio ambiente legislativo e ao poder Judiciário cabe a aplicação das leis, a justiça para todos, independente de condição sócio econômica ou cultural do indivíduo, esta descrição serve para o nível federal, estadual e municipal! Bem! Deveria ser assim, porém, infelizmente não é, e todos sabem disso!

Tudo bem e bonito, continua meu, ainda insatisfeito, interlocutor e por que não funciona assim? E mais, se isso efetivamente não funcionar pra quem devemos reclamar? Não deveria ser para o Presidente?

Cada vez fica mais difícil responder. O que na verdade deveria ser simples e prático, se complica, tento pensar um pouco para responder e tenho que concordar com ele: em um regime presidencialista deveria ser o Presidente da República quem deveria ter a primeira e última palavra, mas não é assim.

Em um regime democrático e moderno, onde tudo funcionasse como deveria, e considerando um universo onde a globalização é ordem do dia e os fatos se sucedem com a velocidade da luz, o Presidente da República que determinasse a primeira e a última palavra seria considerado ditador ou um déspota,  sendo julgado por todos, internacionalmente e escrachado pela opinião pública. Essa é a “ordem internacional das coisas” e assim deve ser.

Tudo bem, e no caso do Brasil, onde o povo é roubado e espoliado diariamente, é pessimamente remunerado pelo seu trabalho, na maioria dos casos, não tem direito a nada, nem a saúde pública de qualidade, nem a educação, não tem segurança, nem estradas, rede de esgotos, água e luz, paga imposto e tributo por tudo e para tudo, convive freqüentemente com uma enorme injustiça social e mais recentemente com a corrupção e a impunidade, e mais recentemente por uma grande quadrilha que dilapida o erário público, atuando como um governo paralelo mal intencionado.
Como fica? A quem recorrer? Quem pode consertar isso?

Apenas o próprio povo brasileiro, que deve escolher bem na hora de votar e faze-lo com responsabilidade, apenas desta forma vamos consertar esse País.

No mais, meu amigo - dirijo-me ao meu perguntador -  é cobrar dignidade e ação de decência dos que, no momento, estão à frente do poder, continuar denunciando os corruptos e corruptores e exigindo da Justiça ações punitivas duras e aplicação inflexível das leis. Ele, o cidadão, até concorda e meio insatisfeito diz: é verdade, temos que votar melhor.

Na verdade o que o povo quer é um Chefe, alguém em quem possa confiar, assim como na família e no trabalho, mais que isso, um Líder que pudesse ser seguido sem questionamentos e dúvidas, alguém em que se pudesse confiar cegamente, e que tivesse a missão e o objetivo claro de praticar a ordem, o progresso, a justiça, a paz social e comunitária. Isso é muito mais que um desejo, é uma tábua de salvação, e isso começa na cidade, no município.

Agora tenho que concordar com ele, com o povo, com o cidadão, quem deveria mandar no País de forma enérgica, com dignidade, interesse e responsabilidade social é o Presidente da República, que deveria ser, de verdade, o Líder e o Chefe de todos os brasileiros.

sábado, 20 de agosto de 2011


Ainda é tempo, apesar do Tempo!
Ricardo Martins

Jamais pensei que em tão diminuto espaço de tempo, apenas 45 anos depois  dos meu 13 anos, iria me referir a Vida como meus avós o faziam: “No meu tempo, era assim ou assado”! Ah! Outros tempos aqueles! Como já sou avô então,  e já tenho 45 anos a mais que meus 13 anos.

Na real é mesmo apavorante parar e sentir que o tempo passou e rápido demais, em grande velocidade, deixando uma sensação de tempo perdido ou mal aproveitado. E isso soa meio doloroso, mesmo quando temos a mais absoluta certeza de que aproveitamos o que foi possível, ainda assim a sensação de perda persiste, pois certamente poderíamos ter aproveitado mais e melhor.

O interessante é que como não nos vemos de frente, apenas através de alguém ou de um espelho, não sentimos esta passagem nem registramos muito as marcas do tempo, pois internamente somos os mesmos, os de sempre. Entretanto, na real já não somos os mesmos, estamos mais velhos e as expectativas e perspectivas são outras, enfim. O que equilibra isso, a meu ver, é a maturidade adquirida através da vivência do dia a dia, a experiência acumulada e o aprendizado direto na fonte, através das pessoas, e conseqüentemente a certeza de que o tempo caminha para frente de forma inexorável e dentro de seu próprio ritmo, não tem jeito de combatê-lo, só aproveitá-lo.

O que lamento de forma geral é que as pessoas tenham criado tantas dificuldades e obstáculos para si mesmas e do nada, rotulando situações de forma exagerada, julgando prematuramente ações e atitudes ou ainda condenando posturas precipitadamente,  e neste exato momento perdendo um tempo precioso com questões pequenas, ridículas e irrelevantes ao invés de tirar melhor proveito delas.

Evidente que as convenções sociais são indispensáveis à  Vida em comum, senão viveríamos em uma Torre de Babel, sem códigos, valores e padrões de comportamentos, mas existem muitos exageros e por via de conseqüência, podem crer, vive-se menos, no sentido intenso do que propõe naturalmente a Vida.

Observe quanto tempo perdido por críticas  ou comentários vazios, sobre alguém ou sobre suas escolhas, se as  escolhas são pessoais e ponto, desde que não agridam nem invadam o espaço do outro tudo bem! A Vida segue!

Preocupados com o excesso de moralidade ou com questões de opção individual, a sociedade, as pessoas, o cidadão em geral não se preocupou com a observação, integração e interferência na chamada evolução e com isso a situação no Brasil e conseqüentemente a sua pessoal, chegou onde está: destrambelhada, caótica, perdulária, deprimente em setores vitais, no serviço público, por exemplo, e o POVO deixou a onda ir e vir, se atirou ao Mar e literalmente nadou no sentido da correnteza, mesmo sabendo que esta  estava “desviada” por interesses escusos, sujos e ilícitos. Hoje, de pouco tempo para cá, possivelmente por conta da Internet  e as chamadas Redes Sociais encontre-se mais indignação, cobranças e noção de cidadania, porém ainda a grande maioria continua a prestigiar a perda de tempo, por exemplo, os BBBs e assemelhados da Vida, discutindo as preferências, as posses e status do seu vizinho, indiretamente comparando-se e olhando a Vida por cima, superficialmente. O certo, contudo,  é que para estes o Tempo também vai passar, e???? O que restará?

Com toda a certeza a mesma sensação de perda de tempo de todos, porém mais intensamente, pois chegará o momento em que o status, o dinheiro e o poder nada poderão  acrescentar ou trazer de solução, e??? O destino é o mesmo para todos!

Penso que temos  que aproveitar o máximo a cada dia, intensamente, sem limites mesmo, profundamente, entretanto preservando o respeito ao próximo, ao outro, e as regras fundamentais do convencionamento social e da convivência em sociedade, sem exageros de moralismo, falsos pudores ou “carolice religiosa”, não obstante e responsavelmente integrando-se as causas justas da cidadania, necessárias ao bem estar do povo e do país. Justiça e oportunidade para todos.

Viver a Vida intensamente, sem, contudo, deixar de ser cidadão ou rasgar seus ideais por conta de coisas pequenas e chulas.

É tempo ainda, mesmo que o Tempo tenha passado rapidamente, de realizar, de construir, e principalmente de viver de forma prazerosa esta Vida maravilhosa e ainda tão desconhecida e misteriosa, que a nós foi oferecida, gratuitamente.

É verdade, também, em “outros tempos” ou no “meu tempo”, as coisas em geral eram ou foram muito melhores, tinham mais qualidade, mas isso é assunto para outra oportunidade.

domingo, 14 de agosto de 2011



“PAI, COMEÇA O COMEÇO!”
Por Márcia Turra
Radialista em Jaboticabal - SP

Quando eu era criança e pegava uma tangerina para descascar, corria para meu pai e pedia: - “pai, começa o começo!”. O que eu queria era que ele fizesse o primeiro rasgo na casca, o mais difícil e resistente para as minhas pequenas mãos. Depois, sorridente, ele sempre acabava descascando toda a fruta para mim. Mas, outras vezes, eu mesmo tirava o restante da casca a partir daquele primeiro rasgo providencial que ele havia feito.
Meu pai faleceu há muito tempo (e há anos, muitos, aliás) não sou mais criança. Mesmo assim, sinto grande desejo de tê-lo ainda ao meu lado para, pelo menos, “começar o começo” de tantas cascas duras que encontro pelo caminho. Hoje, minhas “tangerinas” são outras. Preciso “descascar” as dificuldades do trabalho, os obstáculos dos relacionamentos com amigos, os problemas no núcleo familiar, o esforço diário que é a construção do casamento, os retoques e pinceladas de sabedoria na imensa arte de viabilizar filhos realizados e felizes, ou então, o enfrentamento sempre tão difícil de doenças, perdas, traumas, separações, mortes, dificuldades financeiras e, até mesmo, as dúvidas e conflitos que nos afligem diante de decisões e desafios.
Em certas ocasiões, minhas tangerinas transformam-se em enormes abacaxis......
Lembro-me, então, que a segurança de ser atendido pelo papai quando lhe pedia para “começar o começo” era o que me dava a certeza que conseguiria chegar até ao último pedacinho da casca e saborear a fruta. O carinho e a atenção que eu recebia do meu pai me levaram a pedir ajuda a Deus, meu Pai do Céu, que nunca morre e sempre está ao meu lado. Meu pai terreno me ensinou que Deus, o Pai do Céu, é eterno e que Seu amor é a garantia das nossas vitórias.
Quando a vida parecer muito grossa e difícil, como a casca de uma tangerina para as mãos frágeis de uma criança, lembre-se de pedir a Deus:
“Pai, começa o começo!”. Ele não só “começará o começo”, mas resolverá toda a situação para você.
Não sei que tipo de dificuldade eu e você encontraremos pela frente neste  ano. Sei apenas que vou me garantir no Amor Eterno de Deus para pedir, sempre que for preciso: “Pai, começa o começo!”.


quarta-feira, 10 de agosto de 2011

O Circo dos Horrores


Por Bruna Moraes

A política exercida em nosso país pode muito bem se comparada com um circo. Sim, um circo. Palhaços, malabaristas, platéia, mágicos e ilusionistas.

A platéia chega e senta-se para esperar pelo espetáculo com grande expectativa. O que virá a acontecer durante a próxima hora de espetáculo? As luzes se apagam e o apresentador inicia com um animado “Respeitável público”. E na política, é tudo tão respeitável assim? A primeira apresentação será dos ilusionistas. Como no picadeiro, os políticos tem a missão de subir ao palanque e mostrar ao público uma bela performance. Usam de diversos artifícios para conquistar o público, que os aplaude com orgulho e admiração.

Os malabaristas brincam e equilibram seus malabares, assim como os políticos brincam e usam as pessoas até o fim da campanha. Depois de conquistada a platéia e as eleições ganhas, começa o show de mágicas. Um pouco de dinheiro somem de cofres, magicamente os salários dos políticos aumentam, mansões se materializam.

Enquanto isso, a verba para educação, saúde e segurança some também. A platéia ainda continua a aplaudir e mais mágicas acontecem. E, como grand finale os hilariantes palhaços. Aparecem no picadeiro tentando mostrar-se útil em alguma coisa, mas sempre com cara de “palhaços” e todos os demais rindo deles.

Você não achou que o povo era a platéia, não é?


Bruna Moraes Vicente - 15 anos - Natural de Tijucas SC

Estudante de Saneamento


IFSC - Fpolis

domingo, 7 de agosto de 2011


“Essas Mulheres Maravilhosas”
Ricardo Martins

Diante de um trabalho a fazer, um “Caderno Especial” para o Jornal Notícias do Dia sobre a “Mulher” em homenagem ao dia 08 de março, e pensando no editorial, comecei a procurar informações, textos, enfim, sobre este intrincado e agradável, complicado, estimulador e arrebatador tema.

Para muitos, tarefa das mais fáceis, para outros nem tanto, para os mestres pensadores, certamente “moleza”.

E assim procedi, fui de Vinicius a Chaplin, Vitor Hugo a Quintana, Shakespeare e à Drumond, evidentemente cheguei também a Fernando Pessoa, todos “experts”, craques, quando o assunto é MULHER!!

Percebi que estes artistas íntimos das palavras, mestres em harmonia de letras e versos, retrataram as mulheres de várias formas e maneiras, porém sob suas óticas e sentimentos.

Alguns usaram comparações, entre, por exemplo, homem x mulher, enfim, falaram da Vida, o momento, a razão e a emoção e isso determinava a poesia, o texto ou pensamento.

Eu queria um pouco mais e resolvi me atrever a escrever sobre o que me dizem e transmitem estas criaturas maravilhosas, complicadas, especiais, determinadas, guerreiras, habilidosas, criativas, dedicadas, sensíveis, incorruptíveis, exigentes, maternais, insuperáveis, intensas, amantes, amigas, parceiras, companheiras, mães, esposas, doces, suaves, rigorosas, disciplinadoras, lindas, liberais, intransigentes, generosas, equilibradas, lúcidas, racionais, emocionais, contundentes, leais, delicadas, rígidas, severas, angelicais, inseguras, ansiosas, inquietas, apreensivas, preocupadas, humanas, solidárias, amorosas, carinhosas, empreendedoras, líderes, cuidadosas, organizadas, personalíssimas, detalhistas, críticas, observadoras, recriminadoras, reprimidas, liberadas, aglutinadoras, acolhedoras, afáveis, elegantes, refinadas, simples, trabalhadoras únicas, todas excepcionais, especiais, exclusivas e maravilhosamente femininas.

Puxa! Será que consegui? O certo é que tentei falar das e para as MULHERES que na real dão movimento, cor, luz e emoção à Vida.

E por conseqüência acho que consegui deixar um recadinho para as feministas, aquelas que durante anos, no afã de estimular as mulheres, tentaram que estas renegassem e ignorassem os homens, excluindo-os de suas Vidas e felizmente não conseguiram por que é perfeitamente possível aliar feminilidade, sensibilidade e sensualidade a inteligência, criatividade, competência e dedicação em busca de personalidade atitude e postura diante de todos e da própria Vida e as mulheres assim o provaram.

Concluindo que parafrasear um amigo mineirinho que diz, com sabedoria: “Na minha terra 50% é homem e 50% é mulher e nos entendemos bem demais.”

Portanto aqui está minha singela homenagens as mulheres, seres certamente especiais!