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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

“Mau exemplo”


Ricardo Martins


Não seria demais afirmar e com toda a certeza que 90% da má qualidade que o contribuinte encontra no serviço público, em geral é resultado de má gestão, acrescida de falta de interesse e despreparo técnico do servidor, em todos os níveis.

A escolha pura e simples dos gestores sob a ótica, interesse e cunho político e também por conta de favor pessoal ou de pressão partidária, desde o primeiro escalão e por dai em diante em efeito cascata, é responsável direto pela má gestão no serviço público e por via de conseqüência da péssima qualidade de seu atendimento.


A esta afirmativa soma-se o mau exemplo, ou seja, se o que vem de cima é muito ruim então por que devo fazer corretamente ou interessadamente, a minha parte? Esta é a pergunta que passa freqüentemente pela cabeça do servidor. Isso é regra geral.


Outro aspecto negativo é algo que existe, desde os tempos mais remotos, no serviço público e que rotula o servidor como alguém que nada quer com o trabalho, nada o interessa apenas encher os bolsos com agrados, autobenefício e comissões, em dinheiro de preferência.


“Se o Chefe se defende por que não eu deva-me “defender’ também”? E o “leite das crianças, o “filé de todo o dia”, como fica?


Estas expressões tornaram - se historicamente populares aos olhos de todos e em todas as regiões do país por conta destes servidores públicos que pregavam bravatas, ganhos mirabolantes e pouco trabalho.

Se observarmos, a partir dos 03 Poderes da República e de seus principais gestores, além dos escândalos financeiros e das maracutáias freqüentes e diárias, estampadas no noticiário, fica claro o desinteresse com que tratam da “coisa pública”, por exemplo, veja a situação da saúde publica no Rio de Janeiro e Brasília, da segurança pública e do sistema prisional em SP, SC, Goiás, Espírito Santo e no Maranhão, dentre outros, das estradas federais e mais recentemente das obras públicas, no caso das enchentes por conta de chuvas. Porém, certamente o mais grave ainda é o atendimento direto ao contribuinte, ao cidadão, ou pior o mau atendimento, onde fica evidente o despreparo do servidor público, vide policia militar ou recepcionistas e seguranças de hospitais, isso entre outros péssimos modelos.


Por que isso acontece ainda? Fácil afirmar! Apenas por deficiência de gerenciamento desde a seleção de pessoal, passando pela fase de treinamento e preparação do servidor, até o momento deste desempenhar suas funções. É ai que a coisa se complica. Quem é o responsável? O mau exemplo e má gestão!