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segunda-feira, 14 de março de 2011


“Recados Poderosos da Natureza”
Ricardo Martins
Algo muito sério e grave vem acontecendo com a Natureza nos últimos anos propondo todo este desequilíbrio climático que estamos observando e vivenciando de forma assustadora.

Culpados? O superaquecimento, excesso de gás carbônico e de outros poluentes, efeito estufa, desmatamento e assoreamento  irresponsável dos rios, lagos e lagoas, enfim. Outros estudiosos afirmam que esta é uma situação cíclica e portanto, rotineira. É até possível, porém o que temos visto é uma desarmonia, um desarranjo, sob minha ótica preocupante, no clima, exigindo inclusive a revisão das denominadas 04 estações do ano, completamente bagunçadas ultimamente. São invernos e verões completamente insuportáveis, intensos e desajustados e isso tem ocorrido por todo o planeta.

O Brasil até alguns anos atrás era imune e até desconhecia estes fenômenos naturais, por exemplo, ciclones, tornados, ressacas violentas, avanço e aumento de volume do Mar. Enfim, situações altamente desastrosas que raramente aconteciam por aqui. 


Isso preocupa e muito, ou deveria, inclusive as chamadas autoridades governamentais, em todos os níveis, que me parecem dar pouca ou nenhuma importância aos fatos, estando mais e como sempre atentas às vultosas verbas direcionadas pós acontecimentos catastróficos e que, via de regra, acaba tendo outros destinos, indo para outros bolsos, normalmente não chegando às mãos das vítimas.

No caso de outros países a situação tem sido bem mais grave e a repercussão dolorosa por conta de milhares de vítimas. A diferença em relação ao Brasil é que em alguns países existe investimento em prevenção e também em obras de contenção, que visam diminuir os impactos causados por tais fatos e movimentos naturais. 

Terremotos, maremotos, hoje mais conhecidos como tsunamis, vulcões em erupção, geleiras gigantescas em franco degelo e decomposição, tempestades violentas e de grande intensidade e evidentemente as conseqüências destas, enchentes, deslizamentos, avalanches, soterramentos e outras, tem sido, a meu ver, a forma da Natureza cobrar seu uso irresponsável e inconseqüente por parte do Homem, dizendo bem claramente: “abram o olho, seres humanos, pois a coisa vai piorar, cuidem de mim, recuperem-me, preservem-me, em favor da Vida”.
Concordo em gênero, número e grau, a Natureza tem mandado recados cada vez mais fortes e intensos e quase ninguém, em linhas gerais, tem se preocupado em estar, no mínimo, atento a eles.

E os resultados estão por todo o Mundo, vide mais recendente o caso do Japão, que certamente é um dos países mais preocupados em prevenir, investindo e muito em ações que minimizem o impacto destes grandes fenômenos.

Agora veja a situação no Brasil : qualquer grande chuva, mais intensa e freqüente, arrebenta com tudo, pessoas morrem ou perdem tudo que levaram anos para construir, os prejuízos para o cidadão e as comunidades são irreparáveis. Além do que, certamente o país é um dos que menos se importam com a movimentação da natureza. É cortado, na maioria de seus municípios, por córregos e rios poderosos e não possui suporte adequado para rede pluvial nem rede de esgotos que auxilie no escoamento das águas e, sobretudo nada ou muito pouco investe em obras de prevenção ou minimização de impactos destas proporções. Sem deixar de lembrar os quase 9000 km de litoral que o Brasil possui, uma costa invejável, que, contudo, diante destas situações, passa a ser motivo de grande preocupação. Alguém tem que fazer algo ou alguma coisa! Quem?

O desanimador para muitos é o estado de podridão que o Brasil se encontra, refém de mãos sujas que apenas se interessam em tirar proveito de qualquer situação, quer sejam governantes, instituições, entidades ou inúmeros setores da sociedade organizada, que vivem apenas do desfrute, de benefícios e privilégios, principalmente financeiros e do poder.

Não podemos, porém, desistir de cobrar e de exigir ações dignas e adequadas a cada situação ou necessidade de nosso povo, notadamente  diante desta movimentação agressiva da Natureza. Cabe às autoridades governamentais em todos os níveis proteger a população, suas vidas, seus bens, suas terras e conquistas.