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terça-feira, 28 de dezembro de 2010

“Tchau Lula! Até nunca!”
Ricardo Martins

Luis Inácio da Silva, o Lula, poderia ter sido o maior presidente deste país e ser lembrado sempre como um grande estadista e defensor do povo brasileiro.

Jogou fora, a meu ver, esta oportunidade ímpar, preferindo enriquecer a si próprio e a muitos que estiveram a seu lado, desviando e roubando. E há muitas formas de roubar, descaradamente, o dinheiro público, que deveria ter sido investido nas necessidades e carências do povo brasileiro e hoje certamente estão em contas fantasmas ou em nome de laranjas em paraísos fiscais.

Deixar de reconhecer acertos, ações ou decisões de seu governo seria uma imbecilidade, alguns fatos podem ser considerados históricos, como o investimento na Petrobrás, proporcionando seu período de maior desenvolvimento e a grande descoberta do Pré-Sal. 

Lula vendeu, literalmente, para o Mundo um Brasil sem problemas e com características desenvolvimentistas, praticou uma política externa que reforçou a credibilidade do Real, robusteceu as nossas divisas e os saldos do Tesouro, quitou débitos importantes, anistiou e absorveu dívidas de alguns países, assumiu posições controversas e até mesmo atrevidas, estimulou amizades perigosas, peitou os poderosos e estendeu a mão para muitos, pequenos ou grandes, enfim,  tudo poderia ter sido lindo e positivo, se na real não fosse algo com o interesse de “vender” pessoalmente, sua figura de estadista para inglês ver. E obviamente, tudo isso teve um custo, e que custo para o Brasil.

Internamente, porém, foi onde cometeu a maioria de seus erros, expos o país e seu povo, diariamente a um grande e espetacular escândalo financeiro e político, onde o cerne foi a corrupção e o desvio do erário público, tentou com as diversas “bolsas sociais” melhorar as condições de vida do povo, quando a meu ver, este necessita de dignidade, de trabalho, não de esmola, mas conseguiu com esta política populista  arrebatar opiniões e até algum resultado positivo
.
No fundo aderiu a tudo aquilo que durante anos e mais anos, nos palanques da Vida, criticou e abominou. Ao assumir para ser  talvez o maior Presidente deste país de todos os tempos, abriu mão do povo e aderiu ao capitalismo, que chamava de selvagem.

São mais de 40 empregados pessoais, reformas faraônicas nos Palácios do Planalto e Alvorada, aviões, lanchas, jet-ski e outros brinquedinhos, porém o que mais indignou ao cidadão decente do Brasil foi com certeza, as centenas de viagens ao exterior com enormes comitivas. “Nunca, jamais, neste país um presidente viajou tanto”, vide apenas as despedidas do cargo, um verdadeiro Trem da Alegria com o dinheiro do Tesouro Nacional.

Enquanto isso, a saúde continuava e continua a  matar as pessoas nas filas por falta de atendimento, faltam equipamentos, unidades de emergência e pessoal qualificado  a disposição da população. A segurança pública transformou-se no caos e o sistema prisional idem, as estradas abandonadas e a educação sem consistência, o salário mínimo continua mínimo e os aposentados a cada ano que passava amargavam derrotas e mais derrotas em seus pleitos ao governo federal.

Prometeu 21 presídios federais, fez quatro, 15.000 homens a mais na Polícia Federal e as Forças Armadas nas fronteiras para combater o contrabando de armas e o tráfico de drogas, isso jamais fez. Lançou o PAC, um programa até arrojado e bem intencionado, porém tipo “me engana que eu gosto”, a maioria das obras estão em ritmo lento ou paralisadas e a maioria inexiste.

O que falar de Portos e Aeroportos, das agencias reguladoras, que nada regulam, são na realidade enormes cabides de emprego, da diversificação da indústria e do Agro negócio e do meio ambiente? Foi um governo permissivo e controvertido, desequilibrado, apenas com fachadas e marquises.

Um governo de grupos e privilégios, marcado pela maior doença do Brasil: a IMPUNIDADE, por 03 poderes da República, todos contaminados  pela falta de caráter, de ética e respeito e pela imoralidade, onde a maioria ou grande parte sem escrúpulos se vende por qualquer bom dinheiro e algum poder ou vantagem.


E o pior, comandado por quem não gosta de trabalhar, e nunca gostou, por alguém que um dia, lá longe, bem distante mesmo, foi pobre e por lá deixou a dignidade e enriqueceu a custa de um povo e de um país maravilhoso.

Peço desculpas pelo longo texto, mas ficaria aqui por páginas ou horas a falar deste grande traíra, que já citei em outros trabalhos e artigos, porém não vale a pena, por que ao escrever me entristeço, me decepciono e lamento, chegando a irritação, pois este cara, o Lula, aquele do passado longínquo,  teve a oportunidade e a deixou escapar, poderia ser lembrado como o maior estadista popular da história deste país e certamente será lembrado como o Chefe de Estado de um governo da corrupção, da impunidade, onde permeou, oito anos a seguir, a indecência e a imoralidade pública e a política tocada com mãos sujas e podres.