Dia do
Trabalho! O que comemorar?
Ricardo Martins
É feriado, ninguém trabalha e
muitos ainda emendam quando as datas permitem como este ano. Num país onde o
feriado é perseguido mais que o trabalho, esta data fica em meio a muitas
dúvidas, a meu ver.
O trabalhador brasileiro é
explorado, dizem uns, outros já afirmam que o trabalhador brasileiro gosta
mesmo é de sombra e água fresca. Uns lamentam o salário mínimo, miserável, mas
quem ganha pouco se esforça para melhorar seu salário e de vida. Há os que merecem,
certamente que sim! Os professores, por exemplo, mas observem, quando há um
feriado possivelmente emendado, quem adere primeiro? A escola! Contra senso,
não?
Em outros tempos, onde havia
apenas o rico e o pobre, ou o “coronelismo” predominava, o domínio sobre o
trabalhador existia mais frequentemente. Hoje, em tempos chamados modernos, as
oportunidades apareceram para a maioria das pessoas e na verdade poucos se
interessaram em melhorar ou evoluir. Dá muito trabalho! É difícil! O melhor é
ficar na mesma, vivendo de bico, mamando na têta ou esperando o feriado para
descansar. Pura realidade!
Politicamente ou para a grande
maioria dos políticos, durante muitos anos foi melhor manter o povo na
ignorância, analfabeto e sem informação, assim era mais fácil sua manipulação e
controle. “Gente letrada é um perigo”, diziam os “Coronéis” daqueles tempos. E
no fundo, infelizmente, o povo achou bom! Acostumou-se a trabalhar em troca de
favor, de moradia, comida e em algumas situações atendimento médico ou remédios.
Vivia-se de biscates ou das benesses do senhor político da região.
Vejam: daqueles nordestinos que
construíram metrópoles como Rio, São Paulo, Belo Horizonte e outras grandes
cidades, de que forma acabaram? Nas favelas das próprias cidades. Não sabiam
fazer mais nada a não ser trabalhar como peão de obra. Poucos se especializaram
ou se dedicaram a aprender ou praticar um ofício.
Hoje, infelizmente, não é muito
diferente não, a maioria destas pessoas continuam de certa forma envolvidas com
a política ou com interesses políticos escusos que se infiltram nos sindicatos
e outros assemelhados com a finalidade de promover badernas ou movimentos de
desestabilização social.
Quem será, por exemplo, que
ensinou a um modesto homem do campo que ele ao receber seu pedaço de terra em
um assentamento regular deve vender para outros e continuar no movimento? Onde
ele aprendeu isso? A quem interessa isso? Ou que ele deve se armar e agredir os
outros para fazer valer seus direitos? Aqueles poucos que são assentados recebem
e trabalham em suas terras tem o que comemorar, assim como aqueles que querem
trabalhar para crescer e que lutam para isso. Não se deixam envolver.
Persistem.
Por tudo isso, no Dia do Trabalho
ou do trabalhador, é feriado, e lamentavelmente, em minha opinião, há pouco a
comemorar: salário mínimo indecente, trabalhador manipulado e acomodado,
político e sindicalista que promovem festa para maquiar suas reais intenções e
interesses e assim a fila anda, o bolo cresce e o Brasil padece.
Uma boa reflexão, não?
Bem! Ao trabalhador decente, dedicado e
interessado, um bom descanso!
A propósito, quando é mesmo o próximo feriado?
Rssssss