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segunda-feira, 30 de abril de 2012


Dia do Trabalho! O que comemorar?

Ricardo Martins

É feriado, ninguém trabalha e muitos ainda emendam quando as datas permitem como este ano. Num país onde o feriado é perseguido mais que o trabalho, esta data fica em meio a muitas dúvidas, a meu ver.

O trabalhador brasileiro é explorado, dizem uns, outros já afirmam que o trabalhador brasileiro gosta mesmo é de sombra e água fresca. Uns lamentam o salário mínimo, miserável, mas quem ganha pouco se esforça para melhorar seu salário e de vida. Há os que merecem, certamente que sim! Os professores, por exemplo, mas observem, quando há um feriado possivelmente emendado, quem adere primeiro? A escola! Contra senso, não?

Em outros tempos, onde havia apenas o rico e o pobre, ou o “coronelismo” predominava, o domínio sobre o trabalhador existia mais frequentemente. Hoje, em tempos chamados modernos, as oportunidades apareceram para a maioria das pessoas e na verdade poucos se interessaram em melhorar ou evoluir. Dá muito trabalho! É difícil! O melhor é ficar na mesma, vivendo de bico, mamando na têta ou esperando o feriado para descansar. Pura realidade!

Politicamente ou para a grande maioria dos políticos, durante muitos anos foi melhor manter o povo na ignorância, analfabeto e sem informação, assim era mais fácil sua manipulação e controle. “Gente letrada é um perigo”, diziam os “Coronéis” daqueles tempos. E no fundo, infelizmente, o povo achou bom! Acostumou-se a trabalhar em troca de favor, de moradia, comida e em algumas situações atendimento médico ou remédios. Vivia-se de biscates ou das benesses do senhor político da região.

Vejam: daqueles nordestinos que construíram metrópoles como Rio, São Paulo, Belo Horizonte e outras grandes cidades, de que forma acabaram? Nas favelas das próprias cidades. Não sabiam fazer mais nada a não ser trabalhar como peão de obra. Poucos se especializaram ou se dedicaram a aprender ou praticar um ofício.

Hoje, infelizmente, não é muito diferente não, a maioria destas pessoas continuam de certa forma envolvidas com a política ou com interesses políticos escusos que se infiltram nos sindicatos e outros assemelhados com a finalidade de promover badernas ou movimentos de desestabilização social.

Quem será, por exemplo, que ensinou a um modesto homem do campo que ele ao receber seu pedaço de terra em um assentamento regular deve vender para outros e continuar no movimento? Onde ele aprendeu isso? A quem interessa isso? Ou que ele deve se armar e agredir os outros para fazer valer seus direitos? Aqueles poucos que são assentados recebem e trabalham em suas terras tem o que comemorar, assim como aqueles que querem trabalhar para crescer e que lutam para isso. Não se deixam envolver. Persistem.

Por tudo isso, no Dia do Trabalho ou do trabalhador, é feriado, e lamentavelmente, em minha opinião, há pouco a comemorar: salário mínimo indecente, trabalhador manipulado e acomodado, político e sindicalista que promovem festa para maquiar suas reais intenções e interesses e assim a fila anda, o bolo cresce e o Brasil padece.

Uma boa reflexão, não?

Bem! Ao trabalhador decente, dedicado e interessado, um bom descanso!

 A propósito, quando é mesmo o próximo feriado? Rssssss