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segunda-feira, 23 de maio de 2011


2014    Copa do Mundo de Futebol
Ricardo Martins

Os amantes do futebol enlouqueceram, literalmente, e não seria exagerado afirmar isso, quando, há mais de um ano atrás, foi anunciado pela FIFA que o maior evento futebolístico do Mundo seria realizado no Brasil em 2014.

E não é para menos, seria a oportunidade de milhões de apaixonados torcedores assistirem no seu país as maiores seleções do planeta e a possibilidade real do Brasil tornar-se, uma vez mais, Campeão do Mundo e em casa, depois dos últimos fiascos em 2006 e 2010, este último na África do Sul.

A notícia, depois de divulgada, foi recebida e comemorada com uma grande festa, pois o evento é sem dúvida um dos maiores do Mundo.

Logo surgiram os interessados, as entrevistas bombásticas, os integrantes do governo federal, estadual, entidades desportivas, dentre elas a CBF (Confederação Brasileira de Futebol), políticos em geral, empreiteiras, construtoras e outras inúmeras empresas que lucrariam e muito com o fato, pois um evento deste porte e magnitude vai movimentar bilhões de reais.

É aí, exatamente aí, que mora o perigo, o grande montante de dinheiro envolvido e a possibilidade das negociatas, dos conchavos, das partilhas e compartilhamentos, do ganho fácil, do superfaturamento, comissões, o chamado “por fora”. E isso o torcedor mais simples ignora, coitado, ele imagina de verdade que todo o dinheiro que circula será revertido em lucro para o país, para os estados e municípios. 

Doce ilusão, vide recentemente os Jogos Panamericanos que foram realizados na cidade do Rio de Janeiro. Que melhoramentos isso trouxe para a população e ao estado? Nenhum! Porém, com certeza aos organizadores e aos diretamente envolvidos, muito lucro, fortunas.

E na Copa do Mundo não será diferente, pelo contrário, o dinheiro será maior ainda, multiplique por 20, como o patrimônio do Palocci, ou a fortuna que o Lula e seus asseclas conseguiram em apenas 08 anos, e vai enriquecer muita gente, desde os dirigentes da FIFA, CBF, governos e governantes, responsáveis pelas licitações, fornecedores de serviços e produtos em geral e todos os afins.

E para o povo, nada! Alguns empregos temporários, tipo me engana que eu gosto, e mais nada.
Querem uma prova? Tudo está atrasado, e para acelerar é necessário o que? DINHEIRO, e muito!

Vide o caso do Maracanã: o valor previsto para o investimento já foi aumentado em mais de 100%, supera hoje um bilhão de reais. Imaginem os demais estádios, aeroportos, obras de infra estrutura, enfim, e isso são obras pré Copa. Agora multiplique isso por 14 estádios. E durante o evento quanto vão custar os serviços, por exemplo, segurança pública e particular das delegações?

Bem, na real, o que é importante deixar claro é que poucos, bem poucos, quase os mesmos, irão se beneficiar de verdade com a COPA, pois infelizmente o futebol como o desporto em geral se tornou um grande negócio, nem sempre limpo, pois alimenta muito bolso sujo.

E para finalizar é bom direcionar nosso olhar para dentro do Brasil, para o serviço público, em geral deficiente, caótico, deprimente, como a educação, que não tem escolas, professores, merenda, nada! O mesmo caso da saúde e da segurança pública além do sistema prisional. Em um país sério o lucro, o resultado de um evento destas proporções certamente seria reaplicado para o bem e conforto de seu povo. Infelizmente, por aqui o destino deste gigantesco movimento financeiro será outro: bolsos inescrupulosos.

Para mim é difícil reprovar e repudiar uma situação desta, pois adoro futebol, dentro do campo, joguei futebol e voleibol e foi assim que iniciei minha carreira de radialista e jornalista, pelos campos de futebol do Rio de Janeiro, onde torço pelo meu querido Fluminense, e por todo o Brasil, no entanto não posso concordar com esta bandalheira estabelecida no Brasil, que é saqueado há anos. E agora já esta circulando o “Trem da Alegria” da Copa do Mundo, com mesmo bando dentro e os condutores de sempre.

E em 2016 teremos Olimpíadas no Brasil, outra gigantesca têta!