
Prevenção,
Cuidados e Responsabilidades!
Quem se preocupa com isso?
Ricardo Martins
Aqui no Brasil? Ninguém! Com toda a certeza, a omissão
é total, ampla e irrestrita.
O Brasil anda ao sabor do
“fazer por fazer” e faz tempo, nos últimos 10 anos isso se agravou e de forma
contundente, portanto, prevenir, planejar, ficalizar, exigir ou algo semelhante
é coisa rara, quase desconhecida por aqui, principalmente sob a ótica da Gestão
Pública, do chamado serviço público. Entretanto, não é apenas nesta esfera e dentro dos chamados Poderes da República que
isso ocorre, ou melhor, não ocorre, é fato comum e acontece frequentementemente
ou não acontece, também em grande parte da sociedade organizada e estabelecida,
os “empresários” brasileiros pouco se
preocupam com isso e outras responsabilidades, sob vários aspectos que os
envolvem.
É fácil constatar: Os
pacotes dos produtos industrializados vêm a cada ano acondiconando menos
produto, as embalagens contém produtos com menor peso e os preços cada vez estão
mais caros, produtos congelados contém em grande parte o peso do “gelo”, e por
aí vai. Um exemplo do Gestor Público, prefeito, governador? Prevenção contra
enchentes e enxurradas? O que foi feito nos últimos anos? Nada! Ficaram com o
$$$ do governo federal, apenas isso, e grande parte direto para o bolso de cada
um. E assim é por todo o Brasil, em todo e qualquer tipo de serviço público e
no cerne da sociedade estabelecida, na chamada classe empresarial.
Alguém acredita que os
empresários em geral estão realmente preocupados em oferecer o melhor serviço,
o mais confortável e seguro aos seus clientes? O empresário do entretenimento,
por exemplo, quantos acidentes ocorreram no Brasil nos últimos anos? Em parques
e locais de entretenimento infantil, para jovens ou para adultos? Você acha que
todos os ambientes possuem saídas de emergencia, equipamentos de segurança e
contra incêndio? Poucos os têm, poucos mesmo! E a fiscalização do serviço
público? Na concessão de alvarás para festividades abertas ou fechadas, você
acha que as prefeituras estão interessadas em verificar In loco cada situação
antes de conceder o alvará? Pura utopia! Sonho, pior que isso, delírio!
Lembrem-se
das terríveis tragédias climáticas, enchentes, enxurradas consequentes de chuvas
torrenciais, o que foi efetivamente investido em obras de prevenção, planejamento
técnico, enfim ações para minizar estas consequencias trágicas? Nenhuma! E as
tragédias se repetem, aqui e acolá, todos os anos, na mesma época, e o que
fazem, reitero, os políticos, os governantes, os administradores públicos?
NADA!
Portanto é um conjunto de
desinteresses, de omissões e de irrresponsabiliidades, quer seja no setor público
ou privado que levam, via de regra, a estas situações catastróficas e tragédias
monumentais, com perdas de vidas em massa, como esta ocorrida nesta Boate em
Santa Maria, no RS.
É culpado o organizador da
festa, o dono da Boate, o Prefeito e sua equipe de fiscalização, o Bombeiro,
enfim, TODOS os envolvidos na operação que não se preocuparam préviamente e de
forma séria e responsável com um evento deste tipo.
Certamente nem este nem
outros gravíssimos acidentes, tragédias e fatos com repercussão negativa, prejuízos e mortes
teriam ocorrido se existisse rigor na fiscalização, nas concessões, caráter no
dono do estebelecimento, atenção da comissão que organizou o evento, enfim e a
partir de uma regra geral para todo e qualquer tipo de emprendimento ou evento
de lazer e entretenimento, exigir uma
rigorosa atitude e postura de todos os envolvidos.
Na realidade o que falta
nestes casos é o que falta ao Brasil via de regra: falta gente de qualidade,
interessada no coletivo e no público, gestores e “autoridades” preparadas e a
fim de fazer bem feito, falta rigor na Lei, falta fiscalização, falta uma série
de coisas. Todavia a meu ver, o mais grave é a falta de caráter do brasileiro,
do cidadão brasileiro, e não é do pobre
não, a “podridão”, a indecencia e a imoralidade estão no cerne da classe média
e dos chamados privilegiados, mamadores na têta, onde se destaca a classe política
nacional e um grande número de empresários, agentes públicos, serventuários da
justiça em todos os níveis e categorias, na real, um bando de corruptos e
safados que dilapidam e há anos, desde 1500, o erário nacional, roubando o que é do povo decente e do bem, e esta devassidão
se extende à falta de dignidade e ao desinteresse na hora de ficalizar,
prevenir, planejar, ou seja, agir de forma segura e adequada. Pena!
Este país e seu povo
ordeiro não mereciam isso, ser refém dos seus próprios representantes legais,
dos seus pares, iguais e de grande parte de seus irmãos.