Contador de Visitas

Seguidores

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

A Policia prende e a Justiça solta!

É hora de responsabilizar alguém!

Ricardo Martins

Assalto, roubo, seqüestro, arrombamento, tráfico de drogas, pedofilia, estupro, assassinatos de ex-mulheres ou mortes a troco de nada, de forma banal, se repetem no dia a dia das pessoas em geral, em todos os estados da federação.

A insegurança toma conta e se espalha por todo o território nacional, como uma praga descontrolada. Este é o quadro vivido pelo cidadão de bem, trabalhador, decente, contribuinte, enfim.  Mata-se por nada, agressões a mulher, ao idoso e a criança tornaram-se comuns, assim como crimes de toda a natureza.

Os motivos? Quase tudo conseqüência do alto consumo de drogas e da proliferação da rede do tráfico, que além de tudo ainda usa o menor em sua atividade criminosa, por conta da falta de enquadramento deste na Lei Penal.

Outros motivos seriam a ineficiência da justiça e a falta de critérios e interesse dos magistrados para usar a Lei existente. A grande maioria prefere apenas “ler” a Lei a aplicá-la inconseqüentemente independente da periculosidade do criminoso. E o sistema prisional caótico, ineficiente e deficiente em número de vagas, estrutura, rotinas e humanização.

A sensação vivida pelo cidadão de bem é que nada tem sido feito para coibir ou prevenir este estado de coisas, na real, conta-se apenas com o empenho de um reduzido efetivo policial onde alguns profissionais abnegados e responsáveis se empenham em tentar minimizar o quadro existente. E têm até conseguido realizar muito, diante de inúmeras limitações e falta de apoio governamental e do judiciário.

De que adianta a polícia realizar bem seu trabalho, e assim tem sido feito, notadamente a Policia Federal, se a Justiça devolve indiscriminadamente os criminosos para as ruas e por inúmeros motivos, inclusive falta de interesse.

É sabido que as leis devem e necessitam ser adequadas aos dias de hoje, porém, elas existem e devem ser aplicadas. Na realidade o que preocupa e incomoda é a concessão indiscriminada de benefícios e privilégios, que estas leis penais contém e que são concedidos sem nenhum tipo de análise ou avaliação, por exemplo, da vida pregressa do beneficiário, neste caso um criminoso que pode imediatamente voltar a delinqüir.

Na pior das hipóteses o que se espera de um magistrado digno de sua toga é bom senso, apesar do que está escrito na Lei e que este use de suas prerrogativas e analise cada caso antes de conceder o benefício, protegendo aí sim, a sociedade de mais um ato criminoso, sabe-se lá com que conseqüências.

O Estado necessita urgentemente melhorar as condições de trabalho das policias, inclusive, no que diz respeito a efetivos, salários, enfim, urgenciar a revisão da Lei Penal, promover a reforma do Judiciário e readequar o sistema prisional.

 

 

 

 

 

 

 

 

2 comentários:

Ester Eloisa disse...

Convém ressaltar que desde 2001 há um Projeto da Câmara Federal visando à alteração da Lei de Execução Penal. Porém, o Gov Lula, mesmo com maioria na Câmara, ainda não o votou. Aí fica difícil para o juiz, que tem de cumprir a lei.

Carmen Regina Dias disse...

"É sabido que as leis devem e necessitam ser adequadas aos dias de hoje..."

Como pode haver tanta defasagem de leis, códigos com folhas e mais folhas contendo procedimentos obsoletos,
num tempo em que o note book já está prestes a virar um dinossauro,
tamanha a velocidade da tecnologia?

Aquele homem, que foi recapturado
pela Policia do RJ durante a ação
no Complexo do Alemão, tinha recebido indulto especial, para circular normalmente, como se ele não fosse importante dentro do
esquema do narcotráfico.

A que e a quem servem as leis
e os códigos?

Com tanto deputado e senador a peso de ouro em Brasilia e nas Capitais
de Estado, porque não se tem uma
comissão voltada para a atualização
jurídica³?

Tudo está em constante readaptação,
reforma, re isso re aquilo.
Por que as Leis não estão?
A quem interessa o seu engessamento?

Hoje em dia não tem mais desculpa,
é tudo muito fácil, rápido, positivo e operante.

Sinto muito, mas precisamos de uma Comissão Permanente de Reforma
para as Leis e seus derivados.