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domingo, 6 de junho de 2010

Reeleição no Brasil!

Positivo ou não?

Ricardo Martins

Existem alguns itens componentes da atual Lei Eleitoral Brasileira com os quais discordo frontalmente: Reeleição, Coligações e o peso e a influência das legendas partidárias quando da soma de votos dos candidatos, ou seja, entendo que o mandado para o político eleito deveria ser no máximo de 05 anos, que cada partido concorra com o seu potencial individual, sem outras composições partidárias e que o candidato mais votado seja o eleito e fim.

Se estivéssemos em um país culturalmente e politicamente mais preparado até que a reeleição poderia ser algo positivo, mas no Brasil dos conchavos, da pouca vergonha e das negociatas políticas, sou completamente contra.

Minha posição não é gratuita, sou contra e ponto, certamente que não! Querem ver? Não me lembro de nenhum 2º. Mandato que tenha sido melhor que o primeiro, pelo menos nestes últimos 30/40 anos. Evidente que as pessoas mudaram, os políticos também, idem a prática política, para pior obviamente, e de forma lamentável. Tudo e todos, ou quase, se tornaram mais venais, corrompidos e escancaradamente comprometidos apenas com seus interesses ou de seus partidos e parceiros políticos.

Com sinceridade, qual é o município ou estado que evoluiu no 2º mandato dos seus governantes? Poucos ou bem poucos.

Normalmente no 1º. Mandato, via condutora à reeleição, tudo é muito mais dinâmico, presente e realizador. Já no 2º isso é muito difícil!

O que é comum ocorrer no 2º mandato e por conta de novas eleições é o maior uso da máquina e do dinheiro público, o que no caso é algo irremediavelmente negativo.

Esta é outra situação que discordo, a realização de eleições de dois em dois anos. Entendo que não deveria ser assim, penso que todas no mesmo ano e para todos os níveis, municipais, estaduais e para o Governo Federal seria mais adequado e econômico.

É fácil constatar que a Lei Eleitoral existente hoje no Brasil, atende a interesses da classe política que não presta e que quer se perpetuar no Poder a qualquer custo e para isso não hesita em usar todos os recursos disponíveis, principalmente, os advindos do bolso do contribuinte, para obter êxito nos seus objetivos. E mais, obviamente, “eles” não têm interesse em modificar a Lei ou a estimular qualquer ação consistente em direção a isso.

Por tudo isso reformar para valer a Lei Eleitoral brasileira, a meu ver, é de fundamental importância e, sob todos os aspectos, indispensável ação a fim de corrigir pontos de interesses de poucos em detrimento de muitos, quando deve ser exatamente o contrário.

Temos que ter regras claras e justas a fim de estabelecer critérios sérios e responsáveis visando o bem estar do povo e principalmente facilitar a escolha coerente do eleitor. Agora, conseguir isso sem o envolvimento direto da sociedade organizada é muito difícil!

Um comentário:

Dr. Alex Mendes disse...

com relação ao mandato único de 05 anos concordo plenamente com o senhor e me parece que os políticos também já estão mudando de opinião sobre esta idéia. O Candidato a Presidente José Serra (PSDB), já afirmou várias vezes que se for eleito, vai lutar para que seja assim, mandato único de 05 anos, agora resta saber se esse entendimento do candidato Tucano não é apenas uma promessa de campanha para angariar votos de quem com ele comunga da mesma opinião, vamos aguardar para ver!