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sábado, 28 de janeiro de 2012


O Rio de Janeiro está chorando!
Ricardo Martins

 A cidade maravilhosa, o “meu” Rio de Janeiro, cheia de encantos mil e gente da melhor qualidade, está chorando novamente. E eu também!

Mais uma triste tragédia se abate sobre a linda e acolhedora cidade cantada Mundo afora em prosas e versos. Um desmoronamento absurdo e surpreendente de 03 prédios no centro de negócios da cidade. Um grande e irreversível drama para a população e inúmeras famílias que perderam e choram entes queridos desaparecidos tragicamente.

Não bastasse a proliferação do tráfico de drogas pelos morros que circundam a cidade levando pânico e medo às comunidades carentes e a seus cidadãos, agora múltiplas tragédias se abatem sobre um dos mais lindos cartões postais do Planeta. E o pior: estes eventos devastadores têm sido anunciados a cada dia e os responsáveis, “os que detêm o poder” e deveriam ter a responsabilidade e o interesse comum nada fazem, na realidade são criminosos da pior estirpe, não se movimentam, nem tomam iniciativas  a fim de evitar ou prevenir estes cruéis e brutais acontecimentos.

Nesta luta insana que mais parece uma guerra civil contra o tráfico de drogas e suas conseqüências, a cidade vive em pânico permanente e agora, apenas agora, nestes últimos anos o combate se mostra mais eficaz, porém com um preço e um peso lamentável, inúmeras vidas inocentes se perdem e ou se perderam nas ruas da cidade diariamente. Balas perdidas ceifam vidas entre tiroteios muitas vezes mal planejados e que deveriam ser substituídos por ações de inteligência e estratégia bem sintonizada, evitando o confronto armado sob a luz do Sol em frente a escolas e colégios, enfim. Isso sem considerar o Sistema Prisional em frangalhos e a legislação que beneficia e privilegia o bandido.
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A par disso, eis que de repente as forças da Natureza resolveram todos os anos inundar, depois ou durante fortes e torrenciais chuvas, várias regiões do Estado do Rio de Janeiro, trazendo prejuízo, pânico e perdas incontáveis de vidas a famílias que apenas por ali moravam e curtiam suas vidinhas felizes.

 Paralelo a isso, inúmeros outros acontecimentos trágicos tipo: explosão de botijão de gás em lanchonetes no centro da cidade, explosão de bueiros também nas áreas do centro do Rio se tornaram freqüentes e sempre com gravíssimas conseqüências para a população.

Certamente estes fatos trazem à tona não apenas a força da Natureza em movimento, evidencia claramente a irresponsabilidade de muitos, dos gestores públicos, Governadores, Prefeitos, Ministros, Secretários de estados e municípios que nada fazem na prevenção, no planejamento prévio, na fiscalização, apenas, via de regra, se beneficiam por acordos e negociatas onde prevalece o interesse pessoal e financeiro, o acesso fácil ao dinheiro sujo ou ao patrimônio do povo.

Não existe país do mundo onde a bandalheira no serviço público é tão evidente e concreta como no Brasil! Isso em todos os níveis da hierarquia, corrupção, negócios sujos, enriquecimento ilícito, enfim, uma camarilha, um bando de maus caráter, onde pouquíssimos são a exceção e de onde predominam todo este desinteresse com a coisa pública e com o cidadão.

É obrigação de todo gestor público trabalhar na prevenção, manutenção e  conservação de todos os locais sujeitos a estes eventos da Natureza a fim de pelo menos minimizar ações de conseqüência e mais que isso, agir com firmeza e pontualidade quando são fatos oriundos de ações do cotidiano de municípios, estado e da própria Federação.

Também é importante destacar que setores da sociedade organizada contribuem para estas situações trágicas a partir da insanidade e desatino de empresários visionários e egoístas que pensam em enriquecer a cada segundo, sem nenhum escrúpulo ou valor moral, decência e dignidade.

Cadeia é pouco para estes safados, canalhas e bandidos da pior espécie, estes e todos os gestores públicos estouvados, frios, indecentes que permeiam este país.

O Rio de Janeiro chora de novo, e o pior: chora Minas Gerais, São Paulo, vários estados do Norte e Nordeste, a Região Central do Brasil, os estados do Sul que sofrem coma seca e não tem nenhum projeto de irrigação, choram as perdas irreparáveis de familiares queridos, de seu patrimônio construído com suor e muito trabalho, choram compulsivamente por conta da perda de totais direitos de cidadão e pelo desprezo das forças públicas e suas representatividades que deveriam protegê-los e na real os abandonaram a própria sorte e pelas atitudes desqualificadas de quem deveria ser irmão: os “empresários brasileiros”.

Triste, lamentável e dolorido, porém nada desanimador. Vamos nos dar as mãos e seguir em frente em busca de justiça e de dignidade no trato com a coisa pública!

Por todos e pelo Brasil!

2 comentários:

Fabiana Ratis disse...

Fiz um comentário tão legal e a conexão caiu na hora. Perdi tudo. Desabou. Vou buscar as mesmas palavras novamente.

Fabiana Ratis disse...

Enquanto não houver PLANEJAMENTO E RESPONSABILIDADE no País,não apenas o Rio de Janeiro,vai chorar,infelizmente. Como alterar as colunas/vigas de sustentação de um prédio, s/ o laudo de um engenheiro responsável? O Brasil se acostumou ao improviso do futebol, da ginga dos sambistas. Mas, em todos os setores da sociedade, não cabe a mesma atitude. ACORDA Brasil, não é possível resolver tudo sempre na base DO JEITINHO, QUANDO HÁ VIDAS HUMANAS EM JOGO!!!