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sábado, 8 de maio de 2010

Lei Eleitoral Brasileira


Tendenciosa, injusta e conveniente

Ricardo Martins

Prá inicio de conversa, sob meu ponto de vista, o Brasil não tem uma legislação eleitoral decente, justa e que atenda aos interesses do seu povo! O que existe é um conjunto de determinações tendenciosas e convenientes a grupos que se perpetuam no poder, há tempos, e bota tempo nisso!

O que se espera de quem legisla? Idoneidade, dignidade, interesse público, senso de justiça social, visão abrangente, precisão, atitude preventiva, decisões e ações eficientes e eficazes, entre outros dotes e virtudes. E o que ocorre, na real? Exatamente o contrário, as decisões, principalmente, as de fórum político, normalmente atendem aos interesses dos próprios legisladores e a Lei Eleitoral Brasileira, a meu ver, é um destes péssimos exemplos que os legisladores federais propõem ao cidadão de bem deste país.

Não sou técnico no assunto, vou apenas listar alguns pontos que considero básicos e que suportam a minha linha de raciocínio.

Partindo do preceito básico de eleição, em minha opinião, o candidato mais votado estaria eleito, independente de partido, sexo, crença religiosa, opção sexual, enfim, foi o mais votado? Está eleito e fim de papo! Nada de proporcionalidade, peso da legenda, nada disso, isso é pura armação.

A Lei não deveria permitir coligações, em nenhum momento do pleito, todos os partidos deveriam ir às urnas com suas propostas e plano de governo individual, próprio e em chapa pura. “Tem café no bule”? Sim! Então, podem ir as urnas!

Tempo máximo de mandato 05 anos, sem direito a reeleição e os candidatos deveriam obedecer a exigências quanto ao preparo pessoal, acadêmico e técnico básico para o exercício do cargo, ficha limpa, pessoal e profissional e outros pré - requisitos fundamentais ao seu desempenho e exercício da atividade política.

Nenhum tipo de financiamento externo, ou seja, que não fosse do próprio bolso do candidato, seria permitido nas campanhas e as eleições, para todos os níveis, deveriam ser realizadas, todas, no mesmo ano, naquele que antecede ao fim do mandato.

Quanto ao eleitor, o voto não deveria ser obrigatório e votariam apenas os alfabetizados, com conclusão do antigo curso primário e os cidadãos livres.

Evidente que a Lei deveria prever ações de segurança para inibir a compra de votos, direta e indireta, boca de urna e outras atitudes nocivas ao bom exercício da democracia, com penas rigorosas para os infratores, tipo inelegibilidade, durante um período pré - determinado e outras, inclusive multas e detenção em regime fechado.

Bem, como disse acima, não sou técnico no assunto, sou apenas um cidadão que gostaria de dignidade, justiça e lisura na pratica da democracia, principalmente durante o período pré - eleitoral e quando das eleições, propriamente ditas e que isso pudesse exemplificar de forma positiva outras decisões e influenciar outros setores da sociedade brasileira a estar do lado do bem, do país e de seu povo!

2 comentários:

marcia 1907 disse...

a sua análise é uma ode ao bom-senso.
pena que isto em política não é o principal

Dr. Alex Mendes disse...

Infelizmente quando se fala em reforma eleitoral neste país, nossos nobres legisladores sempre arrumam um "jeitinho" para escapar desta tal reforma. Estamos acompanhando nos últimos dias o tão comentado e importante projeto "Ficha limpa", mas assim como aconteceram com outras leis de cunho eleitoral que nasceram boas intencionadas, mas quando passaram pelo crivo legislativo sofreram tantas emendas que perdeu a sua essência e a "a emenda saiu pior que o soneto" como costuma se dizer. O fato é que não há interesse em modificar a legislação eleitoral, porque assim como está hoje beneficia todo mundo, menos ao eleitor.